Do rústico ao luxo

Pessoas atípicas sofrem dificuldades na busca de uma vaga no mercado de trabalho
17 de julho de 2019
Danskin lança sua primeira coleção brasileira
17 de julho de 2019

O fogão a lenha volta a ter papel de destaque nas casas e, até mesmo, apartamentos. Saiba como inserir um modelo em sua cozinha e relembrar os prazeres da comida de interior

De acordo com uma pesquisa recente, feita em maio deste ano, pela Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD – Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 7,3 milhões de domicílios em Minas Gerais, em quase 1,7 milhão deles, as famílias usam lenha ou carvão para preparar seus alimentos, o que corresponde a 23,2% do total (em 2017 eram 19,6%).

Segundo a designer de interiores Fabiana Visacro, o fogão a lenha representa um estilo de vida que inspira um prazer maior pelos momentos da alimentação, do “fazer, produzir” e não “comprar”. É uma dedicação e um envolvimento que as pessoas têm com o processo de cozinhar. “É uma forma mais saudável de produzir o alimento para a família. É uma prática que talvez demande mais tempo e, por isso, também dá a ideia de maior presença, de maior envolvimento naquele processo de fazer e produzir e, assim, mais proximidade e senso de importância com as pessoas”, relata.

Nesta residência, projetada pela designer de interiores Fabiana Visacro, foram especificados tanto fogão a lenha como a gás. Foto: Henrique Queiroga

Muitas pessoas, mesmo optando pelo fogão a lenha, não abrem mão do modelo a gás ou elétrico. É possível conciliar os dois em casa? A profissional diz que sim. “O fogão a gás ou elétrico é mais prático e rápido e não depende de fatores como ter lenha em casa, por exemplo. Esteticamente, os dois se equilibram facilmente na bancada. O cooktop é o melhor modelo para essa mescla, pois não traz tanta interferência, já que o fogão à lenha, muitas vezes, tem um volume maior”, explica Fabiana.

E por falar em bancada, os modelos atuais de fogão à lenha estão tão evoluídos e diversificados que é totalmente possível ter um dentro de um apartamento. Existem alguns tipos que não soltam fumaça, por exemplo. O espaço para lenha é menor e as panelas ficam em cima de uma chapa. “O fogo não tem contato com a panela, impedindo que ela escureça, assim como as paredes por conta da fumaça. A lenha fica protegida e o fogo não passa pelas trempes do fogão. Esses fogões podem ser usados em apartamentos e, também, ser revestidos com materiais mais rústicos ou sofisticados, de acordo com a intenção do morador”, revela a designer.

Segundo Fabiana Visacro, os fogões a lenha atuais podem receber diversos tipos de materiais, como pinturas, cimento colorido, ladrilho hidráulico ou mesmo granito nas suas laterais. “Tudo vai da atmosfera que você quer criar. Pode usar o ladrilho hidráulico, por exemplo, para criar ambientes mais rústicos ou, então, fazê-lo com material mais neutro e mesclar com uma bancada ao lado para cooktop e cuba, feitos de um material mais sofisticado, como um nanoglass ou outros. O importante é estar ciente do tipo de revestimento, para que ele seja resistente ao calor. As opções são as mais diversas, como pedras, ladrilhos e cimentos”, encerra.