Entenda a diferença entre parto normal e cesárea, além dos benefícios e riscos de cada um
No Brasil, a cada 21 segundos uma mulher dá à luz, totalizando mais de 320 partos por hora em território nacional. Atualmente os partos são feitos de duas formas no país: o parto vaginal, popularmente conhecido como “parto normal”, e o parto cesariano, que ocorre por meio de um procedimento cirúrgico.
Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomende que apenas 15% dos partos sejam não naturais, a taxa de cesáreas no Brasil é de 55%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que leva o país ao segundo lugar no ranking dos que mais fazem esse tipo de procedimento no mundo. O número é ainda maior quando se trata do sistema privado de saúde, no qual a cesárea é a opção em 86% dos partos, segundo dados do Ministério da Saúde.
De acordo com a profissional da área de Ginecologia e Obstetrícia da rede AmorSaúde, Dra. Ana Barzan, o tipo de parto deve ser decidido de forma conjunta entre a mãe e o médico que acompanha o pré-natal, levando em consideração todas as questões individuais de cada gestante.
“A decisão é sempre discutida em conjunto com a gestante, porém há casos em que a indicação de determinado parto é mais relevante, como em situações em que a vida da mãe e/ou do bebê corre risco e a cesárea é a opção para segurança”, afirma a profissional da maior rede de clínicas médico-odontológicas do Brasil.
Para decidir sobre o tipo de parto, a médica explica que a avaliação é feita individualmente, levando em conta a vontade da gestante, comorbidades que ela possa apresentar, estado de saúde da mãe e do bebê, posição em que o bebê se encontra na barriga, quantidade e tipos de partos anteriores da gestante, entre outros fatores como o peso do bebê.
O medo da dor costuma ser um dos maiores imperativos para decidir qual tipo de parto é preferível pela gestante. “Na cesárea, a mãe não sente a dor durante o parto, já que está anestesiada do abdômen para baixo. O que poucos sabem é que, no parto vaginal há a possibilidade, quando permitido e oferecido pelo serviço, de realizar a analgesia de parto, que seria uma ‘anestesia mais fraca’. Assim, a dor da mãe é aliviada, porém não totalmente cessada, de modo que ela possa continuar a sentir as contrações e identifique o momento correto de realizar o parto, não prejudicando o nascimento do bebê de forma saudável e por via vaginal”, explica a médica.
Benefícios, desvantagens e possíveis complicações de cada tipo de parto
Cada tipo de parto apresenta benefícios distintos, desvantagens e possíveis complicações, que devem ser entendidos para ajudar as mulheres a fazerem escolhas adequadas às suas circunstâncias. A profissional de Ginecologia e Obstetrícia da rede AmorSaúde aponta quais são algumas das principais especificidades do parto vaginal e da cesárea; confira:
Parto normal
Parto cesárea
Foto: divulgação