Creme para flacidez funciona? Especialistas explicam o que fazer para aumentar a firmeza da pele

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Embora seja tentador comprar um creme com uma promessa milagrosa, não há evidências científicas robustas de que um cosmético possa agir em camadas profundas que até mesmo os equipamentos precisam de mais sessões para oferecer resultado

Uma passadinha pelas gôndolas das farmácias ou pelo Google, a prática farmácia digital, e é possível ver uma série de cremes com promessas fortes de estímulo de colágeno e combate à flacidez. Mas afinal, eles realmente funcionam? “Infelizmente, ainda não existe nenhum creme capaz de reduzir a flacidez da pele, eliminar rugas já instaladas, estimular a produção de colágeno de maneira significativa ou reverter um ‘bigode chinês’. Os cremes milagrosos que prometem eliminar rugas, firmar a pele e devolver viço, infelizmente, não entregam o resultado esperado”, diz a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “É imprescindível que o paciente entenda que nenhum creme conseguirá tratar a flacidez de pele. Para aumentar a firmeza, precisamos estimular colágeno e agir mais profundamente, atingindo até mesmo o músculo (no caso do ultrassom microfocado) para ‘grudar’ as camadas da pele e deixá-la mais firme. Nenhum creme tem essa capacidade”, argumenta a Dra. Lilian Brasileiro, médica especialista em Dermatologia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Para combater a flacidez – em alguns casos nem mesmo os equipamentos conseguirão o resultado almejado – é necessário o estímulo de colágeno através de tecnologias ou bioestimuladores de colágeno injetáveis (procedimentos dermatológicos realizados em consultório), segundo a Dra. Paola Pomerantzeff. “Quem já fez algum procedimento sabe bem a diferença entre o seu resultado e o uso de um creme”, explica a dermatologista. E nem adianta investir em creme caro, ok? “Algumas substâncias como caviar, ouro ou extrato de seda, em cosméticos caríssimos, não são absorvidas pela pele; tudo isso é puro marketing. Por isso, a visita a um dermatologista é importante! Um profissional capacitado, após o exame dermatológico da pele, pode indicar tratamentos que realmente farão diferença para cada pele”, explica a Dra. Paola.

De acordo com a Dra. Lilian, os cremes funcionam bem como prevenção quando tem antioxidantes. Segundo ela, na faixa dos 20 e 30 anos, a pele lentamente começa a perder colágeno e, fisiologicamente, há o primeiro processo de envelhecimento, com o declínio da produção natural de antioxidantes. “O primeiro passo, então, para reduzir os sinais de envelhecimento prematuro é o uso diário de filtro solar. A exposição ao sol contribui muito para o processo de envelhecimento da pele. É necessário usar um protetor solar de FPS 50 ou superior e hidratar diariamente com ativos antioxidantes como Vitamina C estabilizada, Vitamina E, extrato de chá verde e ácido ferúlico”, diz a Dra. Lilian.

Para tratar a flacidez, segundo a Dra. Paola, existem inúmeros tratamentos dermatológicos. “Porém, cada vez mais, observamos que o ideal é associar técnicas diferentes. Quanto mais técnicas associamos, melhor e mais natural é o resultado. Dessa forma, a paciente (ou o paciente) aparentam melhora importante sem perder a individualidade. Uma associação bastante utilizada, que tem inclusive publicações científicas, é o ultrassom microfocado e os bioestimuladores de colágeno injetáveis. O ultrassom microfocado estimula a produção de novas fibras de colágeno através do aquecimento nas camadas mais profundas da pele e na fáscia muscular da face. Ele ‘reorganiza’ internamente as ‘camadas’ da face. Os bioestimuladores de colágeno (hidroxiapatita de cálcio ou ácido L Poli-Lactico) são aplicados na pele através de injeções e, além de melhorar a qualidade do colágeno já existente, eles estimulam a formação de novas fibras também. Se fizermos os dois procedimentos associados ocorre um sinergismo em que 2+2 não será igual a 4, será 6 ou 7. O efeito benéfico é potencializado”, diz a Dra. Paola. “Usamos tecnologias e injetáveis no rejuvenescimento facial para que a pele responda de maneira fisiológica ao estímulo de colágeno, que pode ser químico (no caso de bioestimuladores injetáveis) ou físico (no caso de tecnologias)”, destaca a Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS.

Outra vantagem do ultrassom microfocado, segundo a Dra. Cláudia, é que ele pode agir mais profundamente, no músculo, o que provoca o skin tightening. “Chamamos de skin tightening aquele aperto que ocorre entre as camadas de pele e músculo. É como se fosse uma cola entre essas camadas, que ficam mais aderidas, juntinhas, umas das outras, melhorando o aspecto de firmeza facial”, diz a médica. Nesse sentido, outra técnica que pode ser usada para melhorar a flacidez é o laser intraoral. “A tecnologia exclusiva Inside-Out do laser Fotona fornece calor dentro da mucosa oral para ajudar a elevar e sustentar a musculatura da pele. Existem vários benefícios como o fortalecimento dos músculos que sustentam o lábio superior, melhora do bigode chinês, da flacidez de canto de lábio e da flacidez do lábio superior. Além disso, é um tratamento que complementa a ação de sustentação do ultrassom microfocado. Ele atua no SMAS (sistema aponeurótico muscular superficial) e como há uma retração forte de tecido, ele também ajuda a ‘colar’ essa ligação entre os músculos e a pele”, diz a médica.

Segundo o dermatologista Dr. Renato Soriani, expert em tecnologias dermatológicas e criador da técnica MD Morpheus, usada no mundo todo, o procedimento de radiofrequência microagulhada Morpheus8 pode ser feito com o objetivo de aumentar a firmeza da pele. “Morpheus é uma radiofrequência microagulhada de alta performance. Ela atua através do remodelamento do colágeno. No procedimento, as microagulhas ‘furam’ o tecido superficial da pele e liberam radiofrequência nas camadas mais profundas, ajudando a estimular colágeno”, diz o Dr. Renato. A Dra. Lilian Brasileiro diz que uma estratégia adicional é realizar o procedimento LPG Endermologie. “Essa é uma tecnologia completamente natural e não invasiva que conta com um sistema avançado que combina massagem mecânica, sucção e rolagem para estimular a atividade celular da pele e outros tecidos subjacentes. Dessa forma, o procedimento é capaz de melhorar o fluxo linfático e a microcirculação, eliminar toxinas e estimular a síntese de colágeno e elastina”, explica a médica.

No entanto, nos casos em que há grande flacidez de pele, a cirurgia plástica é recomendada, segundo o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico, membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. “A técnica Deep Plane Facelift permite um rejuvenescimento muito grande e natural para o rosto, pois trata de forma pontual todas as suas camadas que apresentam envelhecimento. Outro ponto importante é que o resultado se mantém por mais tempo já que o rosto foi tratado de maneira global”, diz o médico. “O lifting inicialmente tratava apenas a camada de pele do rosto, esticando-a e retirando seu excesso. Isso promovia resultados muito artificiais e estigmatizados. Sua evolução foi iniciar o tratamento de camadas mais profundas como o SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), tecido que cobre a musculatura, através de pontos para reposicioná-los. O Deep Plane se diferencia pela forma com que se trata o SMAS, de maneira mais profunda e fazendo um reposicionamento melhor e mais duradouro da anatomia que a idade alterou. É uma técnica indicada sobretudo para pacientes acima dos 45 anos em média, e que já apresentem sinais de envelhecimento como flacidez de pele e perda de volume na face”, finaliza o Dr. Paolo.

FONTES:

*DRA. CLÁUDIA MERLO: Médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS. Diretora da Clínica Cláudia Merlo. Instagram: @dra.claudiamerlo

*DRA LILIAN BRASILEIRO: Médica especialista em Dermatologia, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. É coordenadora e palestrante em eventos sobre tratamentos capilares e laser, além de autora de artigos e capítulos de livros publicados no Brasil sobre rejuvenescimento, dermatologia clínica, laser e tecnologias. CRM 156908 | Instagram @lilianbrasileiro.dermato

*DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. Instagram: @drapaoladermatologista

*DR. RENATO SORIANI: Dermatologista membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Mestre em Dermatologia pela USP e ex-coordenador do Departamento de Laser e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017-2021), o médico é CEO da Renascence Dermatologia (Ribeirão Preto/SP) e Key Opinion Leader nacional e mundial de marcas como INMODE, Entera, DEKA e LMG, além de atuar como coordenador e palestrante em congressos nacionais e internacionais. CRM 121106 | Instagram @renatosoriani.dermato

*DR. PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico formado pela UNIFESP, é membro da BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons), da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos EUA. Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico tem 8 Observerships com o Dr. Bahman Guyuron em Cirurgias Plásticas Faciais, em Cleveland – EUA. É idealizador do Migraine Surgery Academy, que ensina e estimula cirurgiões plásticos de todo mundo a realizarem as cirurgias de enxaqueca a fim de beneficiar mais pacientes com o tratamento. Instagram: @drpaolorubez

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