Converse City Forests: murais ecológicos ao redor do mundo

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O projeto será reproduzido em diversas cidades. Murais são feitos com uma tinta fotocatalítica que ajuda a limpar o ar. Em São Paulo, Rimon Guimarães é o artista convidado a fazer a empena

A Converse, criadora do famoso modelo de tênis All Star, continua determinada em tornar as coisas melhores, mais eficientes e mais ecológicas. Pensando nisso, a marca criou a Converse City Forests, uma série de murais ao redor do mundo que utiliza tinta fotocatalítica, reconhecida por ajudar a limpar o ar. Os murais vão acontecer em diversas cidades ao redor do mundo, incluindo São Paulo. A Converse tem como objetivo até o final deste ano pintar mais de 14.000 m2 de murais ao redor do mundo, que juntos equivalem ao plantio de aproximadamente 40.000 árvores.

A Converse é uma marca global que há tempos se conecta com iniciativas que buscam tornar o mundo melhor, como as questões de sustentabilidade. Surge daí a ideia do projeto global Converse City Forests. A tecnologia da tinta fotocatalítica usa a energia da luz para decompor os poluentes atmosféricos nocivos e convertê-los em substâncias inofensivas. Qualquer superfície revestida com esta tinta torna-se uma superfície purificadora de ar ativa, que ajuda a proteger as pessoas de gases nocivos. A tinta faz o papel de árvores em lugares que não podem crescer.

Em São Paulo, o local escolhido fica na região central, com grande fluxo de pessoas e carros, para que a tecnologia da tinta possa ter o efeito desejado. A empena fica próxima ao Minhocão e será feita pelo artista Rimon Guimarães. O mural do Brasil faz parte da próxima fase de execução, que celebra a herança latina, as raízes dos povo locais, a ancestralidade e o orgulho, em cidades como Santiago, Lima e Cidade do México. O projeto no Brasil equivalerá à 750 árvores.

Nascido em Curitiba, Rimon é artista autodidata e multidisciplinar. Sua experiência em construir murais é longa, são 27 países que fazem parte da trajetória. Por onde passa, Rimon participa de projetos sociais que buscam integrar a sociedade. Seu maior mural possui 370 metros quadrados e foi pintado em Amsterdam. Também construiu um de 260 metros quadrados em Damasco, na Síria, com ajuda de crianças refugiadas. Para o trabalho em São Paulo, o artista terá a ajuda e auxílio de um jovem da comunidade criativa da marca, chamada de All Stars.

A obra que será feita por Rimon tem o nome de “Pindorama” e é baseada em referências e pesquisas dos povos originários brasileiros e um imaginário indígena como indivíduo. “A sinergia que esses povos têm com a natureza é inegável. O pássaro, a onça pintada, são animais simbólicos para esses povos, por exemplo Kianumaka-Maná deusa onça do povo Menihaku.” diz o artista. “A paisagem remete aos tempos de quando São Paulo não era uma selva de pedra e se podia ver o horizonte com serras ao fundo, também os rios em abundância simbolizado pelos tons de azuis, com referências aos 4 elementos: terra, fogo como sol, água representada por azul e ar como pássaro.” Rimon complementa.

Na obra, além da onça, há uma planta e o sol representando a fauna e flora brasileira. Há também o processo da tecnologia da tinta, que é parecida com a fotossíntese, e uma personagem assexuada que está usando uma vestimenta ritualística feminina Jurupixuna, que foi registrada no século XVIII por Alexandre R.F. em suas expedições. Já a face com a máscara foi um apanhado do estilo de Rimon inspirado por pinturas faciais Kayapó e Xikrin.

Os murais finalizados foram feitos em Bangkok, na Tailândia, e Warsaw, na Polônia, em parceria com dois artistas locais de cada país. Em Bangkok o tema que inspirou a ilustração foi a união, já que eram dois artistas com estilos diferentes, e a proposta foi misturar e comunicar a união do povo tailandês. Já em Warsaw, um futuro repleto de natureza com a mistura do urbano ao fundo. Ao total, os dois murais “plantaram” 930 árvores em lugares onde árvores não podem ser plantadas.

Para mais informações sobre os murais: http://conversecityforests.com/