Conheça as causas da Diástase do Reto Abdominal, muito comum na gravidez, e saiba tratar esse problema

Problema de nome estranho, a Diástase do Reto Abdominal nada mais é do que a separação dos feixes do músculo reto abdominal na linha média do abdômen

Afastamento que acomete mais as grávidas, ele é dito como fisiológico quando se apresenta com mais ou menos 3 cm. Segundo a literatura, a diástase pode surgir acima da cicatriz umbilical, na cicatriz e, menos frequentemente, abaixo desse nível, podendo ser considerada uma situação transitória ou permanecer ao longo da vida.

Durante a gestação, as alterações hormonais, somadas ao crescimento uterino e às alterações biomecânicas próprias do período, podem promover o estiramento da musculatura abdominal. A diástase pode ser observada, inicialmente, no segundo trimestre da gestação, tendo uma incidência maior nos últimos 3 meses, em virtude do volume abdominal maior, assim como no pós-parto. Porém, como os fatores predisponentes para a diástase são obesidade, flacidez dos músculos abdominais, multiparidade e gestação de múltiplos, os homens também podem apresentar este problema.

Há diversas maneiras de definir e avaliar esse afastamento, portanto, sua prevalência é variável, não havendo consenso em relação aos valores considerados relevantes, aceitáveis e/ou prejudiciais. Alguns estudiosos consideram como diástase qualquer afastamento entre os retos abdominais, outros somente quando ele é superior a 1 cm, 2 dedos ou 3 cm.

A diástase do reto abdominal não provoca diretamente desconforto ou dor, mas a distensão excessiva pode interferir na capacidade dessa musculatura em estabilizar o tronco, gerando maior predisposição ao desenvolvimento da dor lombar. Não podemos esquecer que, em alguns casos, ela pode vir acompanhada de hérnia umbilical. Esteticamente, estamos falando de um abdômen mais flácido, somado ao excesso de pele e de tecidos moles, então a melhor forma de prevenir seu aparecimento está na prática de atividades, como o Autêntico Pilates, que fortalecem a musculatura abdominal e as demais estruturas que garantem a estabilidade do tronco. Em alguns casos, ela é inevitável, porém os exercícios podem amenizar seu grau.

No caso das grávidas, espera-se que o espaço que existe entre os feixes de músculo reto abdominal possa se estreitar normalmente após seis semanas do parto, à medida que o corpo se recupera. Contudo, caso não regrida espontaneamente, um programa de cuidados e exercícios supervisionados deve ser seguido, uma vez que a musculatura se encontra com baixo tônus e fraca, favorecendo dores posturais e constipação intestinal.

No pós-parto imediato, os exercícios suaves devem ser iniciados para fortalecer o tônus e aumentar as funções de sustentação dos músculos do assoalho pélvico e do abdômen. Se a diástase for inferior a dois dedos de largura, os exercícios abdominais podem progredir rapidamente. Caso seja superior e não tenha supervisão de um profissional adequado, a prática desses exercícios abdominais pode piorar a diástase. Em alguns casos, que vem acompanhado de hérnia umbilical, a cirurgia pode ser recomendada.

O Autêntico Pilates trabalha em cima do conceito de utilizar o Power House para manter e/ou melhorar a estabilidade do tronco durante os exercícios do método e no dia a dia. Dentre os músculos que fazem parte do Power House, temos os abdominais e o assoalho pélvico. Sendo assim, a prática correta do Autêntico Pilates fortalece e melhora o tônus do músculo reto abdominal, tornando a recuperação dessa diástase mais rápida.

Quem tem diástase do reto abdominal pode praticar o Autêntico Pilates a qualquer momento, com liberação médica. Ao iniciar a prática de atividades físicas direcionadas o quanto antes, mais rápida é a recuperação e a prevenção de quadros de dor postural ou de disfunção dos músculos do assoalho pélvico. Mas é de extrema importância que o profissional seja habilitado. No The Pilates Studio® Brasil, por exemplo, os Instrutores são capacitados para atender de forma personalizada a todos os alunos, proporcionando aulas seguras e com foco no resultado.

(*) Luciane Marin é Fisioterapeuta do Centro de Distúrbios Miccionais do Fleury Medicina e Saúde, Mestre em Ciências da Saúde, Especialista em Saúde da Mulher e Autêntica Instrutora da rede The Pilates Studio® Brasil (www.pilates.com.br)

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