Conheça alguns fatos sobre a asma

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A asma, doença respiratória crônica, ainda sem cura, atinge cerca de 20 milhões de brasileiros¹ e, se não tratada corretamente, pode matar8; Planos de saúde avaliam a incorporação de medicamento para o tratamento de asma alérgica grave e a sociedade pode opinar!

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), cerca de 20 milhões de brasileiros convivem com a asma1. Apesar de ser uma enfermidade comum, e ter recebido mais atenção nos últimos meses devido à pandemia, já que pacientes asmáticos não tratados e/ou não controlados têm maior risco de gravidade, existem alguns fatos importantes que nem sempre são conhecidos por todos. A seguir, listamos alguns deles:

Asma é a doença não transmissível mais comum entre as crianças

Segundo levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença respiratória é a mais comum entre as crianças2. No Brasil, aproximadamente 20% das crianças convivem com a asma3. Entretanto, a maioria das mortes causadas pela condição ocorre nos adultos mais velhos2.

Não ter sintomas não significa que o tratamento pode ser interrompido

A asma é uma doença de tratamento contínuo. “O erro de muitos pacientes é não aderir ao tratamento prescrito pelo médico, só porque os sintomas não estão presentes. A asma é uma doença crônica, portanto, o tratamento medicamentoso ajuda na prevenção do agravamento de sintomas na forma de crises”, alerta Rafael Stelmach, presidente da Fundação ProAr e médico pneumologista do Hospital das Clínicas.
Além dos anti-inflamatórios, como os corticoides inalados1, os pacientes com asma alérgica grave (ou seja, aqueles que, mesmo seguindo o tratamento corretamente não conseguem controlar os sintomas da doença) podem contar terapias mais avançadas, já disponíveis no Brasil, capazes de controlar os sintomas, permitindo uma vida normal aos pacientes4,5. “Cada pessoa apresenta a doença de maneira diferente, por isso, é sempre muito importante conversar com o pneumologista para saber quais as linhas de tratamento mais eficazes para cada caso. Hoje em dia, o SUS já oferece alguns medicamentos, inclusive biológicos5 que, em casos muito graves, são a melhor opção para o controle da asma”, diz o médico.

Adotar hábitos saudáveis e evitar os fatores desencadeadores da doença, em conjunto com o medicamento correto, ajuda no controle dos sintomas 

Stelmach explica que, para chegar ao tratamento mais eficaz, o médico avalia, entre outras questões, o histórico clínico e os sintomas do paciente. “Com essas informações, conseguimos orientá-los a reduzirem os fatores desencadeadores ou agravante dos sintomas como exposição a poeira, ácaros, fungos, cheiros fortes, cigarro, entre outros. A prática de atividades físicas regulares e uma alimentação saudável, também são recomendadas em adição ao tratamento medicamentoso6,7”, esclarece.
O especialista também enfatiza que a ausência dos sintomas não significa que o paciente esteja curado. “Um erro de muitos pacientes é parar com a medicação, quando a asma está controlada. É importante lembrar que a asma é uma doença crônica e sem cura, o que significa que os sintomas podem voltar a qualquer momento, por isso, é tão importante a adesão ao tratamento”.

A asma, quando não tratada corretamente, pode ser fatal 

No Brasil, aproximadamente 20 milhões de pessoas sofrem com a asma8, sendo que, uma em cada vinte tem a forma grave da doença9. Os tipos de asma são classificados de acordo com a gravidade e frequência da manifestação dos sintomas10. De acordo com essa apresentação, o médico determina o melhor curso a ser seguido, pois, apesar de crônica, essa é uma doença que possui tratamentos que possibilitam a redução do número de exacerbações, e com isso, a diminuição no número de hospitalizações11,12.

Em casos extremos, e quando o paciente não adere ao tratamento correto, a asma pode matar8. Seis pessoas morrem diariamente no Brasil por causa da doença13. Por isso, é importante controlar os fatores de risco e ficar atento aos sintomas, pois, o quanto antes se iniciar um tratamento adequado, melhores as chances de controle.

O protocolo de tratamento de asma não é atualizado há sete anos

Os atendimentos feitos via SUS devem seguir o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), que determina quais são as melhores práticas para diagnóstico, tratamento e monitoramento de pacientes atendidos pelo sistema público de saúde14.

Quando um novo medicamento chega ao Brasil e é incorporado ao SUS (ou seja, fica disponível para tratamento de pacientes que usam o sistema público), ele passa a fazer parte das possibilidades de medicamentos providos pelo PCDT para que o médico consiga considerá-lo em seu plano de tratamento, seguindo as diretrizes do documento. No caso do PCDT de asma, a última atualização aconteceu em 2013, o que significa que os medicamentos mais avançados que chegaram ao Brasil desde então não constam no regulamento seguido pelos médicos do SUS e, portanto, não podem ser prescritos pelos pneumologistas e alergistas.

Com isso, a Associação Brasileiro de Asmáticos (ABRA) lançou a campanha #AtualizaAsma, com o objetivo de engajar a população no manifesto que pede que as autoridades responsáveis entendam os benefícios da atualização deste protocolo, uma vez que ele não contempla as terapias disponibilizadas nos últimos sete anos no país. Para mais informações sobre a campanha, entre no site: www.atualizaasma.com.br

A ANS abriu consulta pública para ouvir a população sobre a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da asma na cobertura dos planos de saúde

A cada dois anos, a Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS), órgão que regula os planos de saúde, atualiza o seu rol de Procedimentos. Essa lista contém todos os procedimentos e tratamentos que os planos de saúde são obrigados a oferecer aos seus beneficiários.

Como parte do processo de atualização do Rol, que entra em vigor em 2021, a ANS abriu uma consulta pública para entender a opinião da sociedade sobre os benefícios da incorporação de novas tecnologias, como os medicamentos biológicos, para o tratamento da asma, no Rol de Procedimentos.
A Consulta Pública nº 81 para manifestação da sociedade civil a respeito da atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde1 está disponível de 08 de outubro de 2020 a 21 de novembro de 2020. As contribuições podem ser realizadas por meio do site da Agência Nacional de Saúde (ANS), menu Participação da Sociedade / Consultas e Participações Públicas.

Saiba mais em: www.novartis.com.

Referências

1. Se não estiver controlada, a asma pode ser fatal. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/publico-geral/asma-informacoes-sbpt/. Acesso em 27/08/2020.

2. Asthma. Key Facts. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/asthma. Acesso em setembro 2020.

3. Solé D, Wandalsen GF, Camelo-Nunes IC, et al. Prevalência de sintomas de asma, rinite e eczema atópico entre crianças e adolescentes brasileiros identificados pelo International Study of Asthma and Allergies (ISAAC) – Fase 3. J Pediatr (Rio J). 2006 Oct;82(5):341-346.

4. Costa E, Melo JML, Aun MV, et al. Guia para o manejo da asma grave. Braz J Allergy Immunol. 2015;3(5):205-225.

5. Bula Xolair®, Novartis, 2015. Aprovada pela ANVISA em 14/12/2015.

6. Asma. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/. Acesso em 28/08/2020.

7. Asma- Perguntas e Respostas. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/publico-geral/doencas/asma-perguntas-e-respostas/. Acesso em 28/08/2020.

8. Blog da Saúde. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/53961-a-asma-pode-matar-se-nao-for-tratada-corretamente. Acesso em 01/10/2020.

9. Asthma UK. Disponível em: https://www.asthma.org.uk/advice/severe-asthma/what-is-severe-asthma. Acesso em 30/01/2019.

10. Asma. Blog da Saúde. Ministério da Saúde. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/asma. Acesso em 01/10/2020.

11. Cleveland Clinic. Asthma Overview. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/articles/asthma-an-overview. Acesso em 12/04/2017.

12. Cazzola M, Camiciottoli G, Bonavia M, et al. Italian real-life experience of omalizumab. Respir Med. 2010 Oct;104(10):1410-6

13. Damasceno E, Costa-Carvalho BT, Solé D, Wandalsen GF. Custos diretos e indiretos da asma: revisão de literatura. Rev Bras Alerg Imunopatol. 2012;35(6):234-40.

14. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.saude.gov.br/protocolos-e-diretrizes. Acesso em 28/08/2020.