Conheça a FieldPRO, startup com DNA brasileiro que pretende revolucionar o agronegócio

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Com aporte inicial de R$ 10 mi, solução orientada por dados tem como meta faturar R$ 118 mi até 2025

De um lado, um dos líderes mundiais na produção agrícola. De outro, escassez de informações sobre o clima e as condições do solo que podem fazer toda a diferença para a produtividade de uma lavoura. Para conectar as duas pontas, nasce a FieldPRO, uma agtech que promete revolucionar o agronegócio brasileiro, a partir de soluções orientadas por automação de dados, em tempo real, colhidos via dispositivos de alta tecnologia instalados na lavoura. O negócio, idealizado e desenvolvido pelo empreendedor em série Ricardo Sodré, já conta com 25 investidores, que aportaram R$ 10 milhões. Até o final de 2021, a empresa almeja contar com um total de faturamento da ordem de R$ 32 milhões. Para 2025, a meta é chegar a R$ 118 milhões.

Nos últimos anos, a agricultura de precisão tem gerado cada vez mais eficiência aos processos agrícolas. Hoje, o produtor rural já conta com máquinas equipadas com GPS, sensores de temperatura e umidade, detectores de espaçamento de sementes e sistemas de medição da colheita, além de sensoriamento remoto de satélites, entre outros.

“Agora é necessário justamente estruturar, centralizar e interpretar esse grande fluxo de informações coletadas das fazendas. Contribuir para melhorar a análise e a previsão climática de zonas rurais é o propósito da FieldPRO”, destaca Ricardo Sodré, que já exporta a solução para Argentina, Paraguai, Estados Unidos e Canadá.

Como funciona

Ao ser instalado na lavoura o FieldPRO Sensor passa a monitorar 21 variáveis da cultura agrícola relacionadas à temperatura e umidade do ar e do solo, chuvas, vento e exigências da planta, como molhamento foliar e evapotranspiração. Além disso, com base nos dados coletados, o software também orienta os usuários quanto aos momentos ideais para o manejo e, ao final da safra, é disponibilizado um resumo dos investimentos e recursos utilizados com os insumos, calculados por algoritmo desenvolvido exclusivamente pela FieldPRO. Toda essa precisa captação de dados acontece graça ao FieldPRO Sensor, que realiza leituras a cada hora do campo.

Com todo esse leque de informações ao dispor, o produtor passa a ter maior conhecimento sobre a própria lavoura, incluindo, por exemplo, quais são o momento e o local ideais para a aplicação de insumos. “O maior gasto financeiro com uma produção agrícola está na compra de matérias-primas. Com menos gasto e mais produtividade, há uma otimização desse investimento em até 30%”, revela Sodré.

O custo unitário dos Sensores FieldPRO é de R$ 8 mil, e, até o momento, a solução está disponível para as culturas de soja, milho, trigo e algodão. Em breve será ofertada também para lavouras de cana-de-açúcar e café.

Próximo passo

Cooperar com o campo por meio da instalação de uma rede de sensores é a grande ambição da FieldPRO e o projeto já está em processo de implementação. Inicialmente, no Estado do Paraná, um dos maiores produtores agrícolas mundiais, onde 630 Sensores FieldPRO estão sendo instalados em áreas estratégicas das zonas rurais do Estado. Hoje, a região possui apenas 68 estações meteorológicasAté 2025, a empresa pretende instalar uma base de 60 mil FieldPRO Sensores e contar com 90 mil produtores conectados à Rede FieldPRO em todo o país. Atualmente, o Brasil possui apenas mil estações. Como base de comparação, nos Estados Unidos, há 24 mil.

“Nosso objetivo é ajudar na democratização do acesso a dados edafoclimáticos confiáveis do campo”, conclui Sodré.

Sobre a FieldPRO:

Fundada em 2018 por Ricardo Sodré (CEO), a FieldPRO é uma empresa que intercruza ciência de dados, tecnologia da informação e IoT com o objetivo de gerar informações edafoclimáticas regionalizadas para as atividades agrícolas. Até o momento, aagtech já recebeu mais de R$ 10 milhões de reais de mais de 25 investidores para o desenvolvimento de sensores com tecnologia brasileira. Com exportação ativa para países como Argentina, Paraguai, Estados Unidos e Canadá, a FieldPRO tem como meta democratizar o acesso a dados confiáveis do campo pela expansão dos sensores de coleta meteorológicas, que existem em pequena quantidade no Brasil.

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