Como criar um produto minimamente viável?

Boi and Beer volta com atendimento no bistrô após 161 dias fechado
25 de agosto de 2020
Inimigos da HP faz primeiro show após início da pandemia
25 de agosto de 2020

Por Fernando Rizzatti

A pandemia de Covid-19 trouxe ainda mais dificuldades para as empresas na obtenção de investimentos. Assim, trabalhar com o mínimo de riscos é essencial nesse momento. Afinal, ninguém imagina fazer um aporte de um valor expressivo em um projeto e só depois descobrir que ele não irá “decolar”. Diante dessas preocupações, ressurge a importância da estratégia MVP, do inglês Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável.

O MVP é uma metodologia que permite testar uma ideia de produto ou serviço ainda em fase de desenvolvimento, o que reduz significativamente os riscos envolvidos – entre eles, a salvaguarda do investimento. Com ele, também é possível aprimorar os modelos de negócios propostos, além de fluxos e processos, uma vez que tudo está sendo efetivamente testado pelos clientes. As startups são as mais conhecidas por adotá-lo, mas esse método já é bastante difundido entre empresas de todos os portes.

Por que trabalhar com MVP?

Entre as principais vantagens estão a redução do time-to-market (tempo de comercialização) de um produto/negócio, a capacidade de enxergar uma ideia como um todo e criar uma versão enxuta a partir disso e, sobretudo, a redução de riscos e otimização do investimento. Além disso, um MVP traz conhecimento e informação para que a empresa faça aprimoramentos mais assertivos, pois baseia sua análise a partir da interação dos clientes com essa ideia.

A implementação de um MVP começa, obrigatoriamente, no processo de descoberta, quando os desenvolvedores terão a visão completa de sua abrangência. Esse estudo pode envolver várias metodologias, como Design Thinking e Design Sprint, definição de personas e suas características, até chegar ao protótipo completo. Com essa noção completa do projeto, é possível definir as métricas de avaliação e testagem.

Pense grande, dê pequenos passos

Um MVP não é um conjunto de testes que visam validar um negócio, mas uma visão enxuta dele mesmo. Por exemplo: imagine que um negócio exige um processo de cadastro do cliente. Em uma situação que o projeto não é pensado em ser um MVP, já se criará a necessidade de que essas informações sejam armazenadas em um banco de dados, o que justificará o desenvolvimento de uma ferramenta para tal. Em um MVP, essa mesma situação pode ser contornada com o envio das informações de cadastro por e-mail e a empresa deverá ter um BackOffice para administrá-las manualmente.

É importante pensar no MVP como produto final. Por isso, ele deve possuir três características básicas: valor suficiente para que os clientes possam utilizá-lo, continuar agregando valor como produto/serviço para reter os usuários conquistados e, de alguma forma, fornecer respostas às dúvidas e/ou indicadores estabelecidos, para que possa evoluir constantemente.

E, depois de tanto estudar e testar, qual o momento ideal de lançamento? Tudo vai depender do plano de negócio e dos resultados da análise de resultado do MVP. Porém, como ele é uma versão enxuta de um produto, já conta com um plano de evolução –roadmap – estabelecido em fases, que apontará o que as novas versões devem contemplar e/ou resolver de forma definitiva.

Por fim, vale destacar a importância de estabelecer as métricas certas para colher resultados mais assertivos e aderentes às expectativas dos clientes. Mais do que nunca, entregar um produto desejável é o que vai garantir a sobrevivência de um negócio – afinal, há menos pessoas dispostas a consumir nesse momento. Reunir toda a inteligência de uma empresa para definir essas estratégias garantirá um retorno mais positivo do mercado e, consequentemente, mais prosperidade aos próximos meses.

Fernando Rizzatti é sócio-diretor na Neotix Transformação Digital. Tecnologia aplicada ao mundo dos negócios é a essência de sua trajetória profissional, de mais de 25 anos, sempre aliada à inovação que agrega valor. Da indústria de transformação, passando pelo segmento financeiro e de economia mista, tem habilidades para entender necessidades e encontrar soluções. Acredita em equipe e união de talentos. Adora música e a inspiração para compor. Dirige a Neotix como quem compõe uma sinfonia. Cada nota é fundamental.

Sobre a Neotix Transformação Digital
http://www.neotix.com.br/

A Neotix Transformação Digital une estratégia, UX (User Experience), tecnologia e empatia para conectar empresas e clientes. Com mais de 20 anos de experiência, ela usa as mais modernas tecnologias para projetar produtos e serviços digitais que conquistam pessoas.

Photo by Rohan Makhecha on Unsplash