Como aproveitar o espaço da varanda

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A varanda tornou-se um local muito especial no apartamento

Ela pode ser usada como extensão da sala, com brinquedoteca, para home office, café da manhã, e todas essas opções podem ser ornamentadas por plantas de diversas espécies. Para que o verde se harmonize com o ambiente, sem comprometer espaços nem a vida das plantas, a arquiteta e paisagista Tatiane Matsuo, da Niwarq Arquitetura e Paisagismo, dá algumas dicas:

Estilo do cliente

O menor contato com a natureza por conta da pandemia estimulou ainda mais as pessoas a transformarem a varanda em verdadeiros jardins, além da inspiração trazida pelo movimento urban jungle (floresta urbana), estilo de decorar a casa com muito verde vindo de várias espécies de plantas diferentes.

Primeiro é preciso entender o gosto do cliente. As preferências variam entre mais folhas, mais cores, flores e cheiros. Inclusive há jardins comestíveis, que podem ser elaborados com uma coleção de plantas conhecidas como Pancs (Plantas Alimentícias não Convencionais).

Tamanho da varanda

Esse tipo de varanda verde pode ser muito explorado. Dependendo da proposta do cliente e do tamanho da varanda é preciso analisar alguns aspectos, como por exemplo se há espaço suficiente para uma rede, que precisa de uma distância linear de pelo menos 3,5 metros livre. A proposta também pode incluir espaço para café da manhã, em que uma mesa de 60 cm e duas poltronas é suficiente ou então, destinado para home office, com uma mesa com 50 cm de largura por 80 cm de comprimento. No entanto, para home office é preciso observar a incidência solar. Para isso, colocar persiana é uma boa opção, mas é importante utilizar os modelos recomendados pelas normas do condomínio para não interferir na fachada , em alguns casos o ar condicionado também é essência.

Além disso, dependendo do espaço da varanda é recomendado vasos, cestarias, cachepôs, ou até mesmo painel vertical que podem ser construídos com sistemas de cuias plásticas, com fibra de coco, treliça metálica ou de madeira. Tudo isso vai depender do resultado estético, da parede e sobretudo se vai infringir a norma do condomínio.

Se a varanda for mais baixa do que o piso interno, por exemplo e a pessoa não quiser investir no nivelamento do piso com a sala, uma alternativa são os decks prontos de plásticos ou de madeira. Eles são modulares e de fácil instalação. É só encaixar e o restante pode ser completado com seixos (aquelas pedrinhas brancas ou marrons). Além de evitar reforma, a ideia deixa o ambiente charmoso, com acabamento rústico.

Também é possível transformar a varanda em brinquedoteca, seguindo essa pegada verde, com grama sintética e armário modular.

Luminosidade

Para escolher a espécie adequada de planta no ambiente é preciso saber o horário, o tempo que bate sol e manter a circulação de ar. Normalmente o arquiteto usa uma bússola para saber a direção do sol.

Também faz diferença se a varanda for aberta ou fechada com vidro. Nesse caso os raios de sol que passam pelo vidro pode queimar as plantas.

Vasos

Existem diversas opções de vasos para compor o ambiente da varanda, como de cerâmica, ou com acabamento vitrificado (vietnamitas), de cimento queimado (de fibra e concreto), de pedra, pintados, de plástico (polietileno), entre outros. Os de plástico não são ideais para locais que batem sol, pois a temperatura na terra pode sumir muito e cozinha a “raiz” da planta. Nesse caso há modelos, como o cerâmico, para melhor transpiração e controle térmico da planta. Também se atente ao tamanho correto no vaso. Muitas vezes a planta morre ou para de se desenvolver devido o tamanho do vaso.

Sobre Tatiane Matsuo

A arquiteta e paisagista Tatiane Matsuo é formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, pós-graduada em Gestão de Empreendimentos e especialista em desenvolvimento de projetos de arquitetura e paisagismo condominiais e residenciais, sempre utilizando técnicas de harmonização como feng shui e radiestesia em seus projetos, um diferencial em seu trabalho.

Colaborou com alguns dos maiores escritórios no Brasil, como Gil Fialho, o arquiteto Benedito Abbud, Ricardo Vasconcellos e em projetos de grandes incorporadoras. É autora de projetos de vários empreendimentos para as construtoras Econ, Cyrela e Pillaster.