Canto Alemão: a arquiteta Júlia Guadix dá dicas de como apostar na tendência

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À frente do Liv’n Arquitetura, a profissional elenca as vantagens e recomendações necessárias para o uso do canto alemão

Originário de restaurantes, cafés e bares da Alemanha, o canto alemão se tornou tendência nos projetos de arquitetura de interiores pelo mundo. Composto por um banco ou sofá, mesa e cadeiras, ele é, ao mesmo tempo, funcional e decorativo. O conjunto é perfeito para otimizar ao máximo o espaço da cozinha, sala de jantar ou varanda. O estilo conquistou os lares e vem se modernizando.

Apostar na tendência vai muito além de aproveitar melhor o ambiente. Ocupando menos espaço, ela consegue comportar mais pessoas do que uma mesa de refeições comum. Respeitando a área para cada um se alimentar confortavelmente, é possível posicionar até três convidados a mais, dependendo da metragem.

O canto alemão oferece melhor aproveitamento do espaço, além de charme à decoração | Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci

Entretanto, engana-se quem pensa que o canto alemão se encaixa apenas em projetos com medidas reduzidas. Há quem o escolha em busca dessa estética mais acolhedora, que se encaixa nos diferentes tipos de residências. “Normalmente, ele é especificado para ambientes menores, porém isso não é uma regra. Afinal, um bom projeto consegue adaptar o canto alemão para todos os tamanhos”, afirma a arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura.

Para quem ficou interessado em investir nele, a profissional reuniu algumas dicas essenciais sobre o assunto. Confira a seguir:

1) Antes de qualquer coisa…

Como primeira etapa, é muito importante observar atentamente o espaço que receberá o canto alemão. Isso inclui tirar medidas do local e dos móveis que escolher, pois a mesa deve encaixar perfeitamente com o sofá, que, por sua vez, não pode ser desproporcional, com risco de prejudicar a circulação do ambiente.

“Em relação a mesa, recomendo que ela tenha um pé central para não atrapalhar a entrada e saída das pessoas, deixando a ponta mais livre”, aconselha a arquiteta. No caso do formato da peça, ele deve seguir a estrutura do banco. Se este for longo, o melhor é investir em um modelo retangular, o que irá contribuir com a simetria. Além dele, o quadrado também pode funcionar. Opte pela mesa redonda apenas se for usá-la em lugares bem pequenos.

2) Vantagens e mais vantagens: 

Nesse projeto, assinado pela Liv’n Arquitetura, o canto alemão foi posicionado na pilastra entre a sala de estar e a cozinha. Os tons caramelo, presentes no estofado do banco e na cadeira, brincaram com estilo industrial do apartamento | Foto: Guilherme Pucci

“A principal vantagem dessa tendência é economizar espaço, ganhando circulação no cômodo”, conta Júlia Guadix. Sendo assim, o canto alemão precisa de, no mínimo, 45 a 50 cm de profundidade em comparação aos 70 cm de um conjunto comum, quando usamos cadeiras.

Para escolher o sofá ou o banco ideal, é essencial priorizar o conforto durante as refeições. Dessa forma, o recomendado é uma altura de 45 cm e comprimento de 60 cm para cada pessoa. “Quanto ao estofado, é importante pensar na densidade, sendo melhor optar por algo mais firme que ofereça, ao mesmo tempo, segurança e bem-estar”, afirma. Com um espaço aconchegante, os convidados vão até disputar o lugar para sentar-se!

Outra possibilidade é montar o canto com um baú embutido nos bancos para armazenar objetos, evitando a necessidade de mais um móvel. Com relação às cadeiras, elas podem ou não ter o mesmo tom do sofá, essa decisão estará conectada com a decoração. Além disso, não é necessário colocar três modelos iguais! Desde que elas conversem pela cor, material ou estilo.

3) Detalhes que amamos: 

No projeto do apartamento da arquiteta Júlia Guadix, o canto alemão, colocado entre a cozinha e varanda, recebeu um banco baú branco com detalhes em azul e três cadeiras Bertoia em cobre. Os pendentes seguem o estilo industrial, predominante nos demais cômodos. A mesa de madeira complementou a composição | Foto: Guilherme Pucci

Será o conjunto dos elementos que ajudará a dar ainda mais destaque ao canto alemão, independente do ambiente que ele for instalado. Assim, a iluminação, centros de mesa, almofadas, quadros, toalhas, tapetes são alguns detalhes que fazem toda a diferença! O uso de pendentes e luminárias, por exemplo, contribuem para uma luz focada, deixando o clima mais intimista.

Montar uma gallery wall acima do conjunto também traz um charme ao local. Nesse caso, dá para brincar tanto com os formatos, cores e tamanhos quanto com as imagens expostas. Mais uma vez, isso irá depender do estilo da decoração e, acima de tudo, da personalidade dos moradores. “É sempre bom ir testando todos os elementos para que o resultado traga alegria e conforto, visual e físico”, finaliza a profissional.

Sobre Liv’n Arquitetura

Fundado em março de 2016 pela arquiteta Júlia Guadix, o escritório Liv’n Arquitetura tem como objetivo construir, junto aos clientes, um projeto original e personalizado, provocando uma mudança na casa e no estilo de vida de cada um. Com o lema “Vamos transformar o seu espaço no seu lugar favorito no mundo”, a equipe familiar, formada por Júlia e seu irmão Victor, já realizou mais de 19 projetos de reformas. Prezando pelo conforto e modernidade, a profissional é apaixonada pelo estilo simples, acolhedor e atemporal. Sendo assim, elementos como madeira, tijolo, cimento queimado, plantas, tons neutros com pontos de cores definem a maior parte de seu trabalho.

O nome “Liv’n” faz referência à palavra em inglês living, que significa “vivendo”. Seguindo essa concepção que o escritório busca realizar os sonhos dos clientes.

Av. Dr. Cardoso de Melo, 291, São Paulo – SP

(11) 94537 – 0101

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