Brasil Game Show 2019: uma vitrine para o aquecido mercado de eSports no Brasil

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Entre 9 e 13 de outubro os fãs de games terão excelentes motivos para sorrir: a Brasil Game Show, maior feira de jogos da América Latina, terá sua décima segunda edição em São Paulo

A feira trará atrações nacionais e internacionais, como de costume. O megaevento foi criado por Marcelo Tavares, que já atuou como gamer profissional, e apresenta muito mais do que uma feira para interação e lançamentos do universo de jogos.

A Brasil Game Show é uma vitrine para investidores internacionais de games e mostra como o Brasil se posiciona no mercado de jogos eletrônicos no mundo. Com uma base de gamers brasileiros estratosférica, os consumidores deste nicho demonstram interesse por produtos digitais e físicos correlatos, o que torna o Brasil o maior mercado da América Latina e um dos únicos que conquistaram a atenção de servidores específicos fora do eixo EUA, Europa e Ásia.

Indústria em expansão

A tecnologia mobile já é a mais utilizada por consumidores para ações simples, como fazer compras ou acessar sites de serviços, como os bancários. Além disso, cada vez mais os computadores, seja de tecnologia mobile ou não, vêm sendo lançados com capacidade de processamento mais robusta para abraçar os gamers de plantão. Esse movimento encontra fundamento nos números das pesquisas conduzidas pela Newzoo, que demonstram que os simpatizantes dos eSports já superam a torcida do São Paulo Futebol Clube, o terceiro maior clube de futebol nacional, e, portanto, configuram um mercado com grande potencialidade.

O crescimento no número de gamers brasileiros toma proporções aceleradas: se em 2017 o índice de jogadores somava 66,3 milhões, este mesmo índice para o ano seguinte foi estimado em 75 milhões. Esse salto é muito bem-vindo no mercado, e tanto consumidores quanto empresas de desenvolvimento de tecnologia, jogos e hardware encontram no território nacional uma boa razão para investimento.

No Brasil, entre 2018 e 2019, o crescimento da audiência de eSports chegou a alcançar um marco de 20%. Na prática, são 21,2 milhões de fãs cujos hábitos de consumo apresentam números ainda mais expressivos, uma vez que os fãs de games não costumam investir somente em jogos, mas também em hardwares e periféricos, além, é claro, dos produtos correlatos temáticos.

Todo esse cenário também vai ao encontro de outro tipo de investimento que tem dado retorno na indústria. Cursos de desenvolvimento de games e eventos focados na área de computação ganham um incentivo extra com as novas demandas de mercado. Se de um lado é exigida mais criatividade no desenvolvimento de games, gráficos e enredos, de outro exigem-se novas formas de tornar a execução de jogos possível por meio de processamentos mais rápidos e interfaces responsivas.

Campo de batalha

Com uma rentabilidade comprovada, os esportes eletrônicos já passaram pelo crivo da profissionalização com sucesso. Existem inúmeras equipes de gamers profissionais que viajam o mundo em competições com premiações fantásticas e, no Brasil, isso não é diferente. O país do penta acordou para esta indústria de tal forma que clubes de futebol estão lançando suas próprias equipes de eSports.

Protagonistas de campeonatos de League of Legends (LoL), o Santos e o Flamengo, por exemplo, mostram que nem só de Brasileirão e Copa do Brasil se brilha no pódio. Falando em Brasileirão, eis mais uma evidência de que os campeonatos de eSports vieram para ficar: o torneio mundial de Dota 2 pagou, em 2018, uma premiação que superou em 65% àquela paga pela CBF aos clubes que participaram do Brasileirão no ano passado. Foram distribuídos US$ 25,5 milhões em prêmios, enquanto a Série A do Brasileirão pagou R$ 63,7 milhões distribuídos entre o campeão e os clubes classificados até a 16ª posição.

Os patrocínios de eventos e equipes desse ramo se estendem a líderes de mercados correlatos e a outras grandes empresas. A casa de apostas online Betway, por exemplo, anunciou em março deste ano o patrocínio da BLAST Pro Series, que abrange oito eventos mundiais e, tal qual a Brasil Game Show, representa um dos torneios mais empolgantes e populares de eSports. Entre os demais patrocinadores desse evento também estão SporTV e a marca de sorvetes Ben & Jerry’s, da Unilever.

O futuro dos eSports

Essa pode ser uma excelente notícia para quem sempre quis seguir a carreira de atleta, mas demonstra mais talento na capacidade analítica e estrategista dos games do que em campo. Em um ambiente que foge cada vez mais aos estereótipos e abre espaço à diversidade, seja esta qual for, tudo é possível.

Sem sombra de dúvidas, esta indústria vai de vento em popa, mas ainda tem muito potencial a ser explorado. Competidor nato, o brasileiro tende a se interessar por torneios esportivos sem grandes dificuldades. Com isso, há uma grande chance de expandir ainda mais o público de eSports no Brasil e atrair mais espectadores às competições profissionais, como as que ocorrem na Brasil Game Show. Vejamos o que o futuro desse setor nos reserva.

Crédito fotos: Unsplash.com