Brasil atinge novo patamar no tratamento do câncer infantojuvenil para população carente

Laboratório de Patologia Molecular será inaugurado por ONG em São Paulo oferecendo diagnóstico preciso e tratamento personalizado para crianças e adolescentes de todo o país

Em busca de alcançar 100% da cura do câncer infantojuvenil no país, o Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina e a Faculdade de Medicina Santa Marcelina, em parceria com a TUCCA, Associação para Crianças e Adolescentes com câncer, realizarão o I Simpósio Internacional de Epidemiologia em Oncologia Pediátrica do Brasil entre os dias 14 e 16 de agosto, em São Paulo. O encontro, além de inédito em território nacional, será marcado pela inauguração do Laboratório de Patologia Molecular – que realizará exames fundamentais para o diagnóstico, estabelecimento do prognóstico e definição terapêutica no tratamento do câncer da infância e adolescência, oferecendo modernos testes moleculares. Essa atuação não tem precedentes na saúde pública do país, é um marco que beneficia a população carente que depende do tratamento do SUS (Sistema Único de Saúde).

O principal diferencial do laboratório é oferecer um diagnóstico preciso e acurado aos pacientes com suspeita de câncer, para que o tratamento e o uso dos medicamentos possam ser ainda mais eficientes e precisos – de acordo com a especificidade da doença. Para tanto, o laboratório lançará mão de plataforma tecnológica atualizada e inovadora, que conta com uma equipe multidisciplinar altamente qualificada e especializada, permitindo realizar a classificação morfológica e molecular dos diferentes tipos de neoplasias, de acordo com os últimos guidelines internacionais. Em colaboração com a TUCCA, tudo isso será acessível a adolescentes e crianças com câncer sem acesso, muitas vezes, a um diagnóstico e tratamento de ponta, como a população SUS.

Essas análises submicroscópicas de moléculas (DNA, RNA e proteína) são essenciais para a compreensão da doença. A chamada “targeted therapy” é importante para um diagnóstico mais preciso, levando a uma melhor conduta terapêutica – chamada medicina personalizada.

As análises iniciais são de tumores de sistema nervoso central, chamados Meduloblastoma. No momento já existem projetos com Gliomas, Leucemia e Retinoblastoma. Além disso, o Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina, em parceria com a TUCCA, está criando um projeto fundamental, chamado Biobanco – uma estrutura que envolve coleta e armazenamento específico dentro de laboratório com a finalidade de estocar material biológico humano e informações associadas que possam ser utilizadas em pesquisas futuras.

Uma vez que os testes moleculares forem sendo desenvolvidos pela equipe multiprofissional de pesquisadores (médicos, biomédicos e biólogos), todos os pacientes atendidos no Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina, em parceria com a TUCCA, terão acesso aos testes.

Ferramentas de diagnóstico molecular (testes laboratoriais sofisticados) estão se tornando o padrão para o tratamento do câncer. No laboratório, um equipamento chamado StepOne Plus da Thermo Scientific realiza uma técnica de biologia molecular chamada de “PCR em tempo real” que permite a avaliação genética de DNA e RNA.

A criação do laboratório recebeu apoio da Faculdade Santa Marcelina, .GACC – Grupo de Assistência à Criança com Câncer de São José dos Campos, e Instituto Ronald McDonald, através da campanha McDia Feliz e da Cargill. A ONG espera, a curto prazo, convidar demais instituições que também atendam crianças com câncer para somarem esforços e melhorarem a compreensão e o tratamento da crianças e adolescentes com câncer no Brasil.

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