Alectomia: conheça a cirurgia capaz de corrigir o famoso ‘nariz de batata’

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Comumente realizada em conjunto com a rinoplastia, alectomia também pode ser feita de maneira isolada para reduzir o tamanho das asas nasais, melhorando a harmonia do nariz

Quando o assunto é a estética do nariz, muito se fala sobre a rinoplastia, cirurgia plástica que visa alterar a forma e a aparência global dessa região. No entanto, engana-se quem acredita que essa é a única solução para incômodos e alterações estéticas no nariz. Além da tradicional rinoplastia e das opções não invasivas, como a rinomodelação, existem ainda procedimentos que agem corrigindo estruturas específicas do nariz, como é o caso da alectomia ou cirurgia das asas nasais, isto é, das estruturas laterais presentes na base do nariz. “Apesar de ser comumente feita em conjunto com a rinoplastia, servindo como um passo para refinar o resultado do procedimento, a alectomia tem sido cada vez mais realizada como um procedimento isolado, principalmente aqui no Brasil, onde é comum que os pacientes cheguem ao consultório reclamando da largura excessiva da base do nariz, o que é popularmente conhecido como ‘nariz de batata’. Nesses casos em que há apenas a necessidade de manipular as asas nasais podemos investir na realização da alectomia de maneira isolada para melhorar a harmonia nasal e, consequentemente, facial”, explica o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista em Rinoplastia Estética e Reparadora pela Case Western University.

Para reduzir o tamanho das abas nasais com a alectomia são feitas incisões nos sulcos entre essas abas e as bochechas, por onde o médico realiza a ressecção dessas estruturas, removendo um fragmento de pele dessa região de forma a reduzir seu tamanho. “De maneira geral, dizemos que a largura da base do nariz deve ter aproximadamente a mesma distância do espaço entre os olhos. Mas é claro que essa regra não deve ser levada ao pé da letra, pois devemos observar uma série de outros fatores e estruturas que compõem o rosto do paciente para traçar uma abordagem estratégica para o procedimento e, se necessário, até mesmo unir a alectomia à rinoplastia para alcançar um resultado satisfatório, corrigindo o desconforto estético sem prejudicar os traços característicos do paciente”, diz o médico.

Podendo ser feita sob anestesia local, a alectomia, se realizada da maneira correta, é capaz de conferir resultados muito naturais. Além disso, é uma cirurgia plástica pouco perceptível. “Isso porque, como as incisões são realizadas nos sulcos entre as asas nasais e as bochechas, as cicatrizes ficam na curvatura do nariz, assim ficando camufladas e praticamente imperceptíveis”, afirma o especialista.

Mais rápida e simples do que uma rinoplastia, a alectomia também possui um período de recuperação pós-operatória mais tranquilo, com pouco inchaço, hematoma e dor já que não são realizadas fraturas ósseas ou enxertos. “Além disso, o paciente já pode retomar suas atividades normalmente na semana da realização do procedimento, com exceção da prática de atividade física, que deve ser suspensa por no mínimo 2 semanas para não prejudicar o resultado da cirurgia”, destaca o Dr Paolo.

Mas, apesar da aparente simplicidade do procedimento, é importante que a alectomia seja realizada apenas por um cirurgião plástico experiente e devidamente certificado, pois ainda é uma cirurgia e, dessa forma, possui riscos. “Por ser um procedimento pouco complexo, que pode ser realizado sob efeito de anestesia local no consultório médico, a alectomia vem sendo cada vez mais ofertada por profissionais que não são devidamente qualificados para realizar uma cirurgia, o que pode ter resultados desastrosos. Isso porque, se indicada indiscriminadamente, a alectomia pode exagerar ainda mais a desproporção estética do nariz, causando até mesmo uma assimetria entre as asas nasais. Além disso, ainda que seja bem indicado, o procedimento, se não realizado corretamente, pode causar, por exemplo, problemas de respiração devido ao estreitamento excessivo das asas nasais, o que, em geral, pode ser irreversível”, alerta o Dr Paolo Rubez, que, por fim, ressalta novamente a importância de buscar um profissional adequada para realizar a técnica: “Apenas um especialista poderá realizar uma avaliação não apenas de seu nariz, mas de seu rosto como um todo para dizer se a alectomia é realmente a solução ideal para o seu caso, inclusive podendo indicar outros procedimentos que podem ser mais adequados para solucionar suas reclamações”, finaliza.

FONTE: PAOLO RUBEZ – Cirurgião plástico formado pela UNIFESP, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico tem 7 Observerships com o Dr. Bahman Guyuron em Cirurgias Plásticas Faciais, em Cleveland – EUA.. Instagram: @drpaolorubez