Andar nas pontas pode representar problema médico

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Apesar de normal na maioria dos casos, comportamento deve ser avaliado por especialista. A marcha em pontas idiopática é caracterizada pela falta de contato do calcanhar com o chão na fase inicial do caminhar

Andar na ponta dos pés é um comportamento comum em crianças pequenas que estão começando a explorar o mundo. Na maioria das vezes não é um problema; é simplesmente uma fase normal do desenvolvimento infantil.

No entanto, em alguns casos, pode ser sinal de problema médico subjacente. O alerta é do médico ortopedista pediátrico pelo HC FMUSP e professor da disciplina de Saúde Pública da PUC-SP (Campus Sorocaba), David Nordon.

“Essa condição é mais comum na infância do que se imagina e, na maioria dos casos, o processo é benigno, tende a se resolver sozinho. A marcha em pontas idiopática é caracterizada pela falta de contato do calcanhar com o solo na fase inicial do caminhar e persiste até os dois anos de idade. Essa condição atinge entre 7% e 24% da população pediátrica”, explica Nordon.

O médico ainda conta que, ao se observar uma criança que anda na ponta dos pés e apresenta algum atraso do desenvolvimento motor, deve-se sempre pensar em algum transtorno neurológico, como, por exemplo, Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Paralisia Cerebral (PC).

“Se os pais notam que a criança está constantemente nas pontas dos pés, sugiro procurar um ortopedista pediátrico. Após a avaliação desse profissional e de outros indicados por ele, possam ser descartados o transtorno do espectro autista ou um distúrbio neurológico. Quanto antes a criança tiver o diagnóstico mais eficaz será o tratamento para que ela possa ter o melhor desenvolvimento possível”, finaliza Nordon.

Médico ortopedista pediátrico pelo HC FMUSP – Supervisor do Programa de Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia da PUC-SP, Professor da disciplina de Saúde Pública da PUC-SP (Campus Sorocaba) e de ortopedia e medicina preventiva do Estratégia MED (curso preparatório On-line para provas de Residência Médica), Mestrando da USP, Pesquisador do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas (HCFMUSP) e idealizador do Projeto Pequenos Passos, projeto filantrópico de tratamento de Pé Torto Congênito.

Foto de Megan Menegay na Unsplash