60% da população brasileira terá nódulos da tireoide em algum momento da vida. 15% serão malignos

Nódulos na tireoide irão afetar cerca de 60% da população brasileira durante algum momento na vida, sendo que 15% desses serão malignos

Especialistas alertam que qualquer alteração deve ser investigada, pois havendo algum tipo de anormalidade, o paciente poderá iniciar o tratamento necessário mais rapidamente.

A tireoide é uma glândula situada na base da garganta, que produz e libera hormônios responsáveis por regular a função de diversos órgãos, como rins, cérebro, coração e fígado. Segundo estimativas do INCA – Instituto Nacional de Câncer, mais de 6 mil pessoas foram diagnosticadas com Câncer da Tireoide ainda em 2016 e os números permaneceram em 2017.

Seu principal grupo de risco são mulheres acima dos 35 anos, mas também pode ser observado em jovens e em idosos – dos 25 aos 65 anos – e em pessoas expostas à radiação no pescoço e na cabeça. “O Câncer da Tireoide já é o quinto mais frequente entre as mulheres e o 17º entre os homens”, esclarece o especialista em cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Dr. Erivelto Volpi.

Dentre os fatores de risco para o câncer da tireoide vale ressaltar o histórico familiar de câncer da tireoide e a exposição à radiação. Em termos de prevenção, é importante que o paciente seja sempre examinado através de exame clínico seguido, quando necessário, de ultrassom.

“Seus sintomas são silenciosos e, por isso, é fundamental o autoexame da tireoide sempre que possível. O mais expressivo é a palpação de um nódulo na tireoide, ou seja, na região anterior do pescoço”, explica Dr. Volpi.

Diagnóstico – O diagnóstico de câncer da tireoide é feito através de uma punção realizada por meio de uma agulha fina, aplicada diretamente no nódulo. O procedimento é simples e pouco doloroso. É retirada menos de uma gotinha do nódulo para que seja averiguado o diagnóstico. A punção do nódulo deve ser guiada por uma ultrassonografia.

O diagnóstico do câncer de tireoide tem aumentado nos últimos anos devido ao aumento do uso do ultrassom de tireoide, que permite a detecção de pequenos nódulos, que não poderiam ser diagnosticados no passado.

Tratamento – A boa notícia é que se diagnosticado precocemente, aumenta as possibilidades cura. No entanto, cerca de 60% dos pacientes com câncer da tireoide recebem o diagnóstico já em estágio avançado, porque, muitas vezes, os sintomas acabam passando despercebidos ou confundidos com outros problemas de saúde. “A investigação precoce de um nódulo maligno pode ser decisiva na vida do paciente, porque quando tratado no início, o câncer da tireoide tem ótimas chances de cura e evita que as células cancerígenas se espalhem para outras partes do organismo”, explica Dr. Volpi.

A cirurgia para a remoção dos nódulos anormais (tireoidectomia) é a principal forma de tratamento. Após a cirurgia, o paciente passa a tomar hormônios para substituir os que não podem mais ser produzidos pela tireoide e, dependendo da avaliação médica, o tratamento é estendido com terapias contendo iodo radioativo.

Tipos – Existem quatro tipos de câncer da tireoide: papilífero (o mais comum e menos agressivo), folicular (também pouco agressivo), medular e anaplásico (bem agressivo e raro, que costuma ter uma sobrevida curta de 6 meses a 1 ano, mas geralmente acomete pessoas mais idosas).

Sobre o Dr. Erivelto Volpi – Dr. Erivelto Volpi é cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital e coordenador do Curso de Medicina da Faculdade UNINOVE – Campus São Bernardo do Campo. Sempre atento às inovações no tratamento das Doenças da Tireoide, Dr. Volpi, há 18 anos, é um dos coordenadores do Thyroid Cancer International Meeting, considerado um dos eventos científicos mais importantes da especialidade. O médico também é um dos quatro especialistas brasileiros a compor o comitê científico internacional da Campanha Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço da International Federation of Head and Neck Oncologic Societies, que acontece em julho (Julho Verde).

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