5 tendências apresentadas durante o Congresso Americano de Dermatologia

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Evento que ocorre todo ano nos Estados Unidos traz novidades no ramo da estética e dermatologia. A dermatologista Dra. Valéria Marcondes aponta quais foram os destaques neste ano

Todo ano, novos procedimentos, técnicas, aparelhos e protocolos são discutidos no Congresso Americano de Dermatologia, o principal do setor. Reunindo os principais dermatologistas do mundo, o evento, que aconteceu nos Estados Unidos em fevereiro, é responsável por apresentar tendências ao mercado, pesquisas e relatórios com milhares de especialistas. Para esclarecer melhor sobre essas novidades, a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD) explicou algumas delas. Confira:

– Biofármacos para dermatite atópica: Novas pesquisas na área de medicamentos biológicos, agentes produzidos a partir de células vivas modificadas com o uso da tecnologia, criaram uma benéfica estratégia para o tratamento da dermatite atópica, já que este tipo de medicamento é muito mais preciso que as drogas convencionais. “Uma injeção subcutânea do princípio ativo Dupilumabe já foi aprovada pela FDA e pela Anvisa para o tratamento da dermatite atópica. O remédio inibe o principal mecanismo inflamatório da doença, impedindo que o paciente desenvolva lesões e coceira na pele, além de ter um tempo de resposta mais rápido”, afirma a dermatologista. “Este novo medicamento marca a entrada da doença na era biológica, com mais agentes já em desenvolvimento.”

– Dermatoscopia para melanoma: A dermatoscopia digital é a grande novidade para ajudar no diagnóstico do melanoma. O aparelho permite aos médicos não apenas diagnosticar, mas também tirar e armazenar imagens de alta resolução para monitorar a progressão de lesões de pele suspeitas. “O próximo passo é a imagem 3D do corpo inteiro. O aparelho, que já está sendo usado nos Estados Unidos, conta com 96 câmeras capazes de capturar imagens de alta resolução, que são combinadas para formar uma visão 3D completa da pele do paciente”, explica a médica.

– Silicone tópico para acelerar cicatrização: A notícia mais quente na cirurgia estética é o uso de silicone tópico no lugar de produtos à base de petrolato para acelerar a cicatrização de cortes superficiais. Em um estudo comparativo, o gel de silicone apresentou tempo de cicatrização e qualidade de cura superior a pomada antibiótica. “Os pacientes e alguns dermatologistas tendem a procurar diretamente uma pomada antibiótica à base de petrolato para auxiliar na cicatrização. Porém, o uso indiscriminado de pomadas antibióticas contribui para a resistência antibiótica das bactérias, além da pomada antibiótica não ser tão boa quanto o silicone, que é bactericida, promove a hidratação da ferida e reduz as chances de cicatrizes hipertróficas”, destaca a especialista.

– Rejuvenescimento vaginal com Laser de CO2: O rejuvenescimento vaginal através do laser de CO2 é um procedimento que age revertendo a atrofia vaginal e incontinência urinária leve e ajudando no clareamento e rejuvenescimento da região vulvar de maneira rápida e eficaz. “Esta é uma tecnologia que emite feixes de luz que são absorvidos pelas moléculas de água da mucosa e agem estimulando a produção de colágeno de forma natural, assim recuperando a elasticidade, a espessura e a umidade da vagina”, afirma a dermatologista.

– Novos tratamentos para alopecia: A bioestimulação através da injeção de plasma rico em plaquetas (PRP) se mostrou promissora para o tratamento da doença, tanto em ensaios clínicos como no uso clínico cotidiano. Isso porque este material, obtido a partir de amostras de sangue e injetado no couro cabeludo, atua reativando as células mortas e estimulando o crescimento do cabelo na área. “Além disso, recentemente foi descoberto que a proteína Prostaglandina D2 (PGD2) está presente em níveis altos em pessoas com calvície, principalmente se comparado a pessoas que não sofrem com o problema. Logo, ensaios clínicos mostraram que inibir a PGD2 de se ligar com seu receptor em folículos capilares pode reverter a alopecia”, finaliza a Dra. Valéria.

Fonte: Dra. Valéria Marcondes – Dermatologista da Clínica de Dermatologia Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com título de especialista e da Academia Americana de Dermatologia. Foi fundadora e é membro da Sociedade de Laser. www.valeriamarcondes.com.br