35 milhões de pessoas já trabalham e viajam ao mesmo tempo: CEO dá dicas de como aderir

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Executivo explica que brasileiros que adotam esse estilo de vida devem se preocupar apenas com as legislações de permanência dos locais escolhidos

Um dos meios de trabalho que mais se popularizou com a pandemia foi o Anywhere Office (escritório em qualquer lugar, em tradução livre) que é a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar desde que esteja conectado à internet. A diferença entre este e o trabalho remoto é tênue: enquanto no Anywhere Office é tudo digitalizado e, muitas vezes, há uma comunicação assíncrona, no trabalho remoto o colaborador precisa de mais estrutura para desempenhar sua função, limitando onde e quando pode desempenhar uma tarefa.

Trabalhar de qualquer lugar do mundo tem atraído muitos adeptos ao redor do globo, mas isso não é novidade: desde o início da década de 2010, o estilo de vida ‘nômade digital’ começou a se popularizar, principalmente entre os mais jovens. A diferença é que a maioria dos profissionais eram freelancers. Agora, com a expansão do tralho não presencial, o número de profissionais aumentou significativamente.

Estima-se que 35 milhões de profissionais são adeptos ao estilo de vida nômade em todo o mundo, segundo Relatório Global de Tendências Migratórias 2022 da Fragomen, empresa especializada em serviços de imigração mundial. E o futuro é promissor para quem planeja adotar o estilo de vida: ainda de acordo com o relatório, estima-se que um bilhão de pessoas serão nômades digitais até 2035.

Já existem destinos preferidos desse perfil profissional. Segundo pesquisa realizada pela Corretora Imobiliária Global Savillis, Lisboa foi eleita a melhor cidade para se trabalhar como nômade digital, seguida de Miami.

Rafael Gianesini, CEO e cofundador da Cidadania4u, empresa especializada em reconhecimento de cidadania italiana e portuguesa, aponta que um dos principais atrativos do estilo de vida nômade é a possibilidade de intercambiar turismo e trabalho por um longo período, mas alerta que é preciso prestar atenção nas regras de permanência dos países. “Alguns países têm regras mais flexíveis e vistos especiais para quem planeja trabalhar como nômade digital, como é o caso da Itália, mas ainda sim é preciso pesquisar sobre as legislações locais antes de traçar o itinerário para evitar surpresas desagradáveis”, explica Gianesini.

O executivo também destaca que o passaporte brasileiro tem algumas limitações para países da União Europeia: quem quiser permanecer mais de 90 dias no continente precisará de um visto especial, portanto, é preciso um planejamento mais detalhado para a empreitada.

Gianesini conta que, para brasileiros com descendência europeia, esse problema pode ser resolvido de forma mais simples. “Atualmente, mais de 30 milhões de brasileiros podem reconhecer a nacionalidade italiana. Além disso, o trâmite para cidadania portuguesa está facilitado. Com a cidadania europeia, é possível ter livre trânsito na maioria dos países da Europa, e trânsito facilitado para os Estados Unidos. O cenário ideal para os nômades digitais”, conta o executivo.

 

Sobre a Cidadania4u:

No mercado desde setembro de 2017, a Cidadania4u se orgulha de ter 100% de aprovação nos processos de cidadania europeia. Com o objetivo de auxiliar usuários a obter a cidadania europeia de forma transparente e prática. O processo é 100% online por meio de uma plataforma inovadora. Resultado da experiência de seus fundadores, os irmãos Rafael e Rodrigo Gianesini, ao longo do requerimento de seus próprios passaportes europeus, compreenderam as dificuldades que os descendentes passam, por isso, a empresa conta com profissionais com mais de uma década de experiência no mercado de reconhecimento de cidadanias italiana e portuguesa e, junto à tecnologia aplicada, está mudando o cenário para descendentes desses países no Brasil.

Photo by Alesia Kazantceva on Unsplash