Funcional e cheia de tecnologia, a cozinha de hoje pede um planejamento elétrico à altura. O escritório VilaVille mostra como um bom projeto contribui para a praticidade cotidiana

tecnologia revolucionou a vida em nossas casas, inclusive na cozinha. Se antes o básico dos eletrodomésticos era preenchido com o fogão, a geladeira e o liquidificador – esses últimos abastecidos totalmente pela energia elétrica –, a realidade hoje é bastante diferente.

“Prever o volume correto de tomadas para abastecer todos esses equipamentos é fundamental”, pontuam as arquitetas Fabiana Villegas e Gabriela Vilarrubia, do escritório VilaVille Arquitetura e Interiores. Ainda de acordo com elas, mesmo os aparelhos com funcionamento a gás – casos dos fogões e cooktops –, a eletricidade ainda se faz necessária para gerar a faísca do acendimento automático dos queimadores e do forno.

Qual é a lista de eletros fixos presentes na cozinha?

Nessa cozinha projetada pelas arquitetas Fabiana Villegas e Gabriela Vilarrubia, as tomadas para o abastecimento dos eletros da torre quente, além do fogão, coifa e lava-louças, estão embutidas na marcenaria. Ao longo da bancada, os pontos aparentes são eficazes para ações pontuais com equipamentos menores

A dupla afirma que, obviamente, essa relação muda de acordo com as demandas dos moradores e das características dos projetos, mas de forma geral o senso comum considera a geladeira, o cooktop, uma opção cada vez mais adotada pelos brasileiros, seja na versão a gás ou de indução, a coifa ou depurador, e o micro-ondas.

“Sem dúvidas, essa é a lista mínima que ninguém vive sem”, indicam elas dentro de uma somatória que, até então, já relaciona 4 pontos de energia para o abastecimento dos itens. “Esse é um panorama para um ou dois moradores movimentarem apenas o trivial na cozinha ou a estrutura básica dos imóveis para locação de curta temporada”, dizem as profissionais.

Nesta pequena cozinha de um studio de apenas 24m², atrás do cooktop o morador tem à disposição uma tomada tripla para usos gerais. Escondido na marcenaria, as arquitetas Fabiana Villegas e Gabriela Vilarrubia também estabeleceram pontos para abastecerem o purificador de água e a cafeteira

Entretanto, o habitual costuma ser diferente. Considerando a tendência das cozinhas abertas e integradas com outros ambientes da área social, Fabiana aponta a adoção da torre quente, uma estrutura vertical de marcenaria que, além do micro-ondas, também agrega o forno elétrico.

O surgimento deles aconteceu com as peças soltas, que ocupavam espaço na bancada. Mas de uns tempos para cá a indústria passou a oferecer modelos de diversos tamanhos e embutidos que revolucionam esse segmento”, analisa ela, alcançando o número de 5 pontos de elétrica essenciais.

A partir daí, Gabriela passa a listar outros equipamentos que, embora não se enquadrem na categoria dos essenciais, estão bastante presentes nos projetos que realizam. É o caso do purificador de água e a lava louças, que demandam tomadas fixas para seu funcionamento, cafeteira, aquecedor elétrico para torneira de cozinha e pontos híbridos que abastecem aparelhos com a airfryer, liquidificador, batedeira e sanduicheiras. “Esses últimos não precisam de tomadas próprias, mas devemos considerar onde os moradores manusearão essas peças conforme sua demanda”, explica a profissional que acresceu, pelo menos, mais 4 plugues.

Como acomodar toda essa demanda?

As arquitetas concordam que a eficiência na distribuição dos pontos de elétrica é fruto do entendimento sobre o modo de vida do cliente. Para tanto, o diálogo é fundamental para relacionar todos os eletros a serem incorporados na cozinha.

“Nos apartamentos, as construtoras já entregam um número mínimo de tomadas, mas durante a reforma implementamos as adicionais e movimentamos as existentes, conforme identificamos a necessidade”, alegam. Ademais, são uníssonas em afirmar que, na medida do possível, é interessante estimar possíveis alterações no layout e aumento dos equipamentos.

Implementação das tomadas durante a obra

Com o número de pontos estimados, Fabi e Gabi passam a aplicar as orientações arquitetônicas principalmente sobre as alturas das tomadas.

Para o cooktop de indução na península, as arquitetas Fabiana Villegas e Gabriela Vilarrubia realizaram a passagem dos condutores elétricos pelo piso. Para a utilização de outros equipamentos na bancada, elas previram a instalação de uma torre embutida de tomadas

De maneira geral, as tomadas médias são instaladas 1,20 e 1,30 m de distância do piso e são eficientes para atender aparelhos utilizados na bancada, como a cafeteira, e a geladeira. “No caso do refrigerador, também é possível prever o ponto com 30 cm entre o piso e a parede”, afirmam.

Para a coifa, depurador e micro-ondas, as arquitetas salientam que as definições dependerão da marcenaria planejada para a cozinha, assim como devem estar de acordo com o que é pedido no manual técnico de cada equipamento elétrico. E, sobre a tomada do fogão, é recomendado posicioná-la ao lado e não atrás. “Esse cuidado é importante para evitar que o calor aqueça o ponto de energia”, relatam.

Ainda no aspecto da segurança, as arquitetas advertem sobre a proximidade com a água: deve haver uma distância mínima de 30 cm para que os respingos não causem choques elétricos e curtos-circuitos.

Sobre o VilaVille Arquitetura 

Comandado pelas arquitetas Fabiana Villegas e Gabriela Vilarrubia, o escritório VilaVille Arquitetura atua com foco em projetos residenciais que unem estética, funcionalidade e personalidade. Com uma abordagem sensível às necessidades de cada cliente, as profissionais apostam em soluções contemporâneas, integração de ambientes e uso inteligente dos espaços, sempre prezando por conforto, praticidade e harmonia visual. No portfólio, destacam-se reformas completas e projetos sob medida que traduzem estilos de vida em ambientes autênticos e acolhedores.

(11) 97618-5060

@vilaville.arquitetura 

Fotos: Robson Figueiredo/Sidney Doll/JP Image

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