Mais da metade dos líderes cogitam empreender, revela estudo da maior curadoria de palestras do país

É crescente o número de executivos que operam como freelancers premium, atuando como conselheiros, mentores, palestrantes ou empreendedores paralelos. A ideia de carreira linear, ascendente e vitalícia perdeu força. Hoje, prevalece a lógica de fluidez, colaboração e experimentação, como revela a pesquisa “O Novo Executivo”, conduzida pela PSA, maior curadoria de palestrantes do país, com apoio da consultoria Fio.

Em um ambiente de trabalho cada vez mais híbrido, emocionalmente exigente e tecnologicamente dinâmico, o novo executivo brasileiro parece responder com disposição para redesenhar sua própria trajetória. O perfil foi traçado a partir de entrevistas com lideranças de grandes empresas e especialistas em cultura organizacional, e uma pesquisa quantitativa com 301 profissionais de diferentes níveis hierárquicos, gêneros e faixas etárias. Mais da metade dos entrevistados (55,2%) já mudaram de área de atuação ou profissão por vontade própria. Outros 21,4% gostariam de fazer esse movimento.

O estudo também aponta o colapso do modelo tradicional de liderança: 58,9% acreditam que a onda empreendedora transformou a carreira executiva — não apenas como alternativa, mas como referência de estilo de gestão. Além disso, 83,1% consideram ou já consideraram empreender. Os homens demonstram maior interesse (71,4%) do que as mulheres (55,4%), que também apresentam índices mais altos de desistência do projeto empreendedor.

Entre as constatações, a pesquisa mostra também que:

  • 64,3% dos executivos apontam o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho como principal fator de satisfação, superando o salário;
  • 68,7% dos líderes não se sentem bem preparados para liderar usando ferramentas digitais e tecnologias emergentes como IA;
  • 36% da Geração Z não têm interesse em assumir cargos gerenciais nos modelos atuais;
  • 57,5% dos entrevistados já sofreram burnout ou outro distúrbio emocional causado pelo trabalho.

Com base nas informações obtidas em campo, a PSA identificou quatro movimentos principais que caracterizam o novo cenário executivo: Carreiras em Fluxo (menos linearidade, mais agilidade); Liderança Viva (menos controle, mais conexão); Performance Humanizada (equilíbrio como estratégia produtiva); e Inteligência Expandida (integração entre tecnologia e intuição).

Esses movimentos, por sua vez, revelaram seis papéis que os executivos estão assumindo, em resposta às demandas do novo contexto organizacional:

Arquiteto do Fluxo Organizacional – desenvolve práticas e promovem experiências inovadoras que conferem maior sentido ao trabalho e fortalecem a colaboração.

Agente Beta – tem olhar atento para oportunidades de inovação e cria as condições necessárias para executá-las com agilidade

Tradutor do Propósito em Ação – alinha propósitos por meio de comunicação transparente, clareza nos objetivos e espaço para a autenticidade

Promotor de Sustentabilidade Humana – transforma bem-estar em prioridade e equilibra performance e saúde mental, para garantir produtividade sustentável

Conector de Talentos e Pluralidade – fomenta espaços de aprendizado contínuo e constrói um ecossistema de desenvolvimento que atravessa gerações e perfis

Construtor Tecno-Humano – usa tecnologia para inovação sem comprometer a integridade humana

“Esses perfis não são prescrições, mas sinalizações de que o papel da liderança está deixando de ser um pedestal e se tornando uma plataforma: um espaço de conexão, orquestração e responsabilidade emocional”, afirma o CEO da PSA, Márcio Spagnolo.

foto: Edivan Rosa

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