Sangue na urina é o principal sintoma; diagnóstico precoce é fundamental para tratamentos menos invasivos e com maiores chances de cura

Qualquer sinal do corpo de que algo não vai bem deve ser levado a sério e investigado com orientação médica. Ainda assim, muitas pessoas só procuram ajuda diante de sintomas mais intensos. No caso do câncer de bexiga, essa demora pode comprometer o diagnóstico precoce e as chances de cura. Entre os sinais de alerta estão dor ou ardência ao urinar, urgência e aumento da frequência urinária. No entanto, o sintoma mais importante, e muitas vezes ignorado, é a presença de sangue na urina, mesmo que em pequenas quantidades ou de forma intermitente. Esse sinal deve motivar a busca imediata por um especialista.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de 11.370 novos casos de câncer de bexiga por ano no Brasil, entre 2023 e 2025. A doença é mais comum em homens (7.870 casos anuais), mas também afeta mulheres (3.500 casos). A campanha “Julho Roxo”, voltada à conscientização sobre a patologia, busca dar visibilidade ao tema e incentivar o diagnóstico precoce.

De acordo com o oncologista André Sasse, coordenador médico do Vera Cruz Oncologia, em Campinas (SP), o principal sinal de alerta é o sangue na urina. “Sempre deve ser investigado. Outros sinais, como dor ao urinar, urgência ou aumento da frequência, também merecem atenção, mas muitas vezes são confundidos com infecções ou quadros menos graves, o que pode atrasar o diagnóstico e levar à descoberta da doença em estágios avançados”, explica.

O câncer de bexiga ocorre quando células do revestimento interno do órgão, chamadas de uroteliais ou transicionais, passam a se multiplicar de forma desordenada. “Como a bexiga está em contato com a urina, os tumores costumam se manifestar como massas visíveis dentro do órgão”, diz o médico.

O tabagismo é o principal fator de risco. “Substâncias cancerígenas do cigarro são absorvidas e eliminadas pelos rins, acumulando-se na bexiga e, com o tempo, podem causar tumores”, afirma Sasse. A idade também aumenta a probabilidade, com a maioria dos casos ocorrendo após os 60 anos. Além disso, exposição ocupacional a produtos químicos, como os usados nas indústrias de borracha, couro e tintas, também está associada ao aumento do risco.

O diagnóstico, geralmente, começa com exames de imagem, como ultrassom ou tomografia. Se houver alterações suspeitas, é indicada a cistoscopia, exame em que o médico utiliza um tubo fino com câmera para visualizar o interior da bexiga e coletar amostras para biópsia.

Quando o tumor está restrito à superfície da bexiga, o tratamento costuma ser feito por meio de ressecção transuretral (RTU), uma cirurgia minimamente invasiva que remove o tumor. Em casos mais agressivos, pode ser necessária a aplicação de quimioterapia ou imunoterapia intravesical, diretamente na bexiga, para evitar a recorrência; se o tumor invade camadas mais profundas, como a musculatura da bexiga, pode ser indicada a cistectomia radical, ou seja, a retirada completa do órgão. Nesse caso, a reconstrução do sistema urinário pode ser feita com segmentos do intestino ou com o uso de bolsas coletoras externas, o que pode impactar a qualidade de vida do paciente.

“A cirurgia radical é indicada quando o tumor invade o músculo ou tecidos próximos. Em muitos casos, também é necessário associar quimioterapia antes ou depois da cirurgia para reduzir o risco de metástase ou retorno da doença”, explica o oncologista. Nos casos mais graves, os avanços da imunoterapia sistêmica têm aumentado significativamente a sobrevida dos pacientes. “Conseguimos dobrar ou até triplicar o tempo de vida de quem tem a doença em estágio metastático. Alguns pacientes chegam à cura, outros vivem por muitos anos com qualidade de vida, o que mostra o quanto a medicina tem evoluído”.

Pesquisas recentes investigam o uso de dispositivos implantáveis que liberam quimioterapia de forma contínua dentro da bexiga, oferecendo novas possibilidades terapêuticas com menos efeitos colaterais.

Apesar das inovações, o oncologista reforça que o diagnóstico precoce é decisivo para o sucesso do tratamento. “O câncer de bexiga superficial tem alta taxa de cura, acima de 90%, com métodos pouco invasivos. Por isso, é essencial que tanto a população quanto os profissionais de saúde estejam atentos aos sinais da doença, principalmente à presença de sangue na urina”, finaliza.

Sobre o Vera Cruz Oncologia

Há oito anos, o Vera Cruz Oncologia é reconhecido pela excelência em serviços oncológicos, tanto no trato ambulatorial, com o Centro de Oncologia, quanto em procedimentos clínicos, cirúrgicos e transplante de medula óssea, amparados pelo Vera Cruz Hospital. O espaço possui os mais modernos tratamentos disponíveis para a patologia e uma equipe de médicos renomados, prontos para oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de oito consultórios pensados para facilitar a conversa entre médicos, pacientes e familiares e uma unidade de infusão com mais de 20 boxes individualizados, onde os pacientes em quimioterapia podem fazer o procedimento ao lado de um acompanhante, com conforto e comodidade.

Sobre o Vera Cruz Hospital

Há 81 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de 166 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase oito anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de 2,5 mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association. Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.

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