Relatórios do BCG (Boston Consulting Group) e da SAE International (Society of Automotive Engineers) apontam que o país precisa de centenas de milhares de engenheiros a mais por ano — cenário que abre oportunidades para imigrantes qualificados

A falta de engenheiros nos Estados Unidos deixou de ser apenas um alerta e passou a ser uma realidade concreta, com impacto direto em infraestrutura, tecnologia, mobilidade e indústria. Estudos recentes mostram que a demanda é maior do que a formação de profissionais locais pode suprir, criando um espaço relevante para engenheiros formados no exterior.

Segundo relatório do BCG (Boston Consulting Group), em parceria com a SAE International (Society of Automotive Engineers), o país precisaria formar cerca de 400 mil novos engenheiros por ano para atender às necessidades atuais. 

A projeção indica que quase um terço das vagas criadas anualmente ficará sem preenchimento até 2030.

O déficit se concentra em especializações estratégicas como engenharia elétrica, civil e industrial — justamente áreas ligadas a projetos de infraestrutura, energia e tecnologia.

Onde a escassez é maior

  • Connecticut: só o Departamento de Transporte do estado estima faltar de 200 a 300 engenheiros para manter a operação.
  • Estados grandes como Flórida, Califórnia eTexas: concentram muitas obras de infraestrutura e empresas de tecnologia, com elevado número de vagas abertas.
  • Regiões específicas como Alasca, Colorado e Washington: apresentam forte concentração em determinadas áreas, como engenharia civil e ambiental.

Impacto do déficit

Além da formação insuficiente de engenheiros nos EUA, há outros fatores que intensificam o problema:

  • Alto índice de aposentadoria de profissionais experientes.
  • Gargalo educacional: muitos estudantes abandonam a graduação em engenharia.
  • Exigência de competências técnicas avançadas, o que reduz ainda mais o grupo de candidatos aptos.

Como engenheiros estrangeiros podem atuar nos EUA

Engenheiros formados fora dos Estados Unidos podem atuar no país, mas precisam se atentar a alguns pontos:

  • Licenciamento (Professional Engineer – PE): para assinar projetos, assumir responsabilidade técnica ou usar formalmente o título de Professional Engineer, é necessário obter licença estadual. Isso envolve:
  • Avaliação do diploma por órgãos credenciados nos EUA.
  • Exames como o FE (Fundamentals of Engineering Exam) e o PE Exam.
  • Experiência prática supervisionada por período no país (em média por 4 anos).
  • Atuação sem licença: em empresas privadas, principalmente em setores como tecnologia, energia, aeroespacial, automotivo e manufatura, muitas funções de engenheiro não exigem licença PE. Nesses casos, basta comprovar formação e experiência, embora o profissional não possa assinar projetos com responsabilidade legal.
  • Áreas mais rígidas: engenharia civil, elétrica e estrutural, sobretudo em obras públicas, tendem a exigir registro formal.
  • Imigração e vistos: engenheiros estrangeiros podem se candidatar a vistos de residência baseados em qualificações avançadas, como o EB-2 NIW. O déficit atual fortalece o argumento para concessão desses vistos.

Oportunidade para imigrantes

Para o Dr. Vinícius Bicalho, advogado, professor de pós-graduação em direito migratório e mestre pela Universidade do Sul da Califórnia, esse cenário representa uma chance real para profissionais estrangeiros qualificados:“Os Estados Unidos vivem um déficit estrutural de engenheiros, e essa lacuna não será resolvida apenas com a formação local. Há espaço para que engenheiros imigrantes, devidamente qualificados, ingressem no mercado e ocupem funções de alto valor estratégico.”

Essa demanda se conecta diretamente com os programas de vistos de trabalho e imigração, que valorizam profissionais das áreas STEM — Science, Technology, Engineering and Mathematics (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Engenheiros formados no exterior, com experiência, podem encontrar nos EUA uma oportunidade única de carreira.

O país está diante de uma encruzilhada: ou consegue atrair mais talentos internacionais, ou corre o risco de atrasar projetos críticos de infraestrutura, tecnologia e inovação”, complementa Dr. Vinícius Bicalho.

Assessoria jurídica especializada

A Bicalho Consultoria Legal é uma empresa com ampla experiência em processos migratórios para os Estados Unidos, com escritórios no Brasil, em Portugal e nos EUA. Oferece soluções para empresas, empreendedores e profissionais liberais, que incluem assessoria jurídica, consultoria nas áreas empresarial, tributária e trabalhista, além de planejamento patrimonial, auxiliando na internacionalização de negócios e carreiras. A consultoria conta com uma equipe experiente e multidisciplinar de profissionais.

Quem é Vinícius Bicalho

– Advogado licenciado nos EUA, Brasil e Portugal;

– Sócio fundador da Bicalho Legal Consulting P.A.;

– Mestre em direito nos EUA pela University of Southern California;

– Mestre em direito no Brasil pela Faculdade de Direito Milton Campos (MG);

– Membro da AILA – American Immigration Lawyers Association;

– Responsável pelo Guia de Imigração da AMCHAM;

– Professor de Pós-graduação em direito migratório;

– O único advogado brasileiro citado na lista dos “confiáveis” do New York Times.

Mais informações disponíveis:

no site https://bicalho.com e nas redes sociais:

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foto: Envato

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