25 de maio é o Dia da Adoção. A data reforça a importância de olhar com mais carinho e cuidado para o desenvolvimento infantil de crianças adotadas.
O processo de adoção vai muito além dos trâmites legais, envolve afeto, adaptação e cuidado emocional, especialmente nos primeiros anos de vida de uma criança. E para reforçar ainda mais a importância desse processo, no próximo dia 25 de maio é celebrado o Dia da Adoção.
Segundo o neurocirurgião e especialista em desenvolvimento infantil, Dr. André Ceballos, essa fase é marcada por intensa formação de conexões cerebrais e aprendizado de comportamentos sociais básicos. “A criança pequena precisa de estabilidade, previsibilidade e afeto para se desenvolver de forma saudável na nova família. Nos casos de adoção, é fundamental respeitar o tempo de adaptação, evitar sobrecargas emocionais e criar um ambiente seguro, com rotinas bem definidas e espaço para a construção gradual de vínculos afetivos”, afirma o médico.
Dados do Painel da SA, mostram que só em 2024, foram concluídas 3.409 adoções, atualmente existem 4.935 crianças e adolescentes prontos para adoção no Brasil e 35.622 pretendentes habilitados a adotar. Desses, mais da metade (26.431) são das regiões Sudeste e Sul, e 33.488 têm preferência por crianças de no máximo 8 anos, com a faixa etária de 2 a 4 anos sendo a mais procurada (11.382 pretendentes). “Dados como esse mostram a importância de conscientizar a população sobre o assunto e a necessidade de criar um ambiente seguro e saudável para que as crianças inseridas em novos lares possam continuar o seu processo de desenvolvimento infantil.”
- Comece pela casa
Para que o processo de desenvolvimento de uma criança, abaixo dos seis anos, quando adota possa dar seguimento é muito importante que ela tenha em casa objetos que a ajudem com isso. Brinquedos, livros e o mais importante, um espaço para ela descansar e se sentir acolhida. Esses gestos demonstram o amor e o cuidado que a família sente pelo novo membro.
- Rotina
Assim como os adultos, as crianças precisam de uma rotina, principalmente em um momento delicado de adoção e em uma idade em que ela se faz tão necessária. “Estabelecer horários para comer, dormir, brincar e tomar banho ajuda a criança a criar o senso de segurança e confiança nos novos pais.” Ressalta Ceballos.
- Conversas e clareza
Esteja sempre disposto a conversar sobre os sentimentos da criança. “Aos seis anos, as crianças estão em uma fase de transição importante entre a primeira infância e o início da vida escolar mais estruturada. Nessa idade, elas já têm mais vocabulário e consciência emocional do que nos anos anteriores, mas ainda estão aprendendo a reconhecer, entender e expressar seus sentimentos de maneira saudável.” Comenta o doutor.
- Possíveis preocupações
Pais adotivos devem estar dispostos a enfrentar dificuldades, a adoção é um processo longo e exige paciência e quando finalmente acontece requer ainda mais tempo, dedicação e amor. “Uma criança que passa por um processo de adoção ainda na fase do desenvolvimento infantil vai precisar de apoio. Mas os frutos que os pais irão colher serão muitos, não há nada mais prazeroso do que ver seu filho crescer com saúde dentro de um lar que proporcionou recursos e estrutura para que ele se tornasse um adulto saudável e feliz.” finaliza o doutor Ceballos.
Conheça o Dr. André Ceballos: Médico neurocirurgião, Ceballos atua como Diretor técnico do Hospital São Francisco, referência no diagnóstico e tratamento de crianças com transtornos do desenvolvimento. O médico tem como missão identificar precocemente condições que possam comprometer o pleno desenvolvimento das crianças, oferecendo intervenções terapêuticas baseadas nas melhores evidências científicas. A atuação do Dr. Ceballos vai além do atendimento clínico e da gestão hospitalar e reconhecendo a importância da informação e da educação para a saúde pública, se dedica a projetos de divulgação e conscientização sobre os marcos do desenvolvimento infantil, com o objetivo de influenciar políticas públicas que beneficiem especialmente as populações mais vulneráveis. Saiba mais em:Link
foto: divulgação


