A união faz a força

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O laço entre irmãos é importante para fortalecer a família e cada um como sujeito. A arquitetura dá uma forcinha para que o compartilhamento do quarto não seja um problema, mas um momento agradável

Seja por falta de espaço em casa ou no apartamento ou por opção dos pais, que priorizam o maior convívio dos filhos e a união entre eles, é comum irmãos dividirem o quarto durante a infância e a adolescência. Para que esse espaço reflita a personalidade de cada um dos ocupantes com harmonia é imprescindível um bom projeto de interiores.

Um dos grandes desafios ao projetar esse tipo de espaço é respeitar a individualidade de cada irmão e representá-los. “Normalmente, mantenho a base do quarto mais neutra. Já o mobiliário deve ser pensado como um todo, independente do sexo e idade. Mas pequenos móveis, como os criados, podem ser individualizados, destaca a arquiteta Fernanda Andrade.

A base do quarto é neutra e em tons de cinza. O destaque fica por conta do papel de parede com o tema: esportes radicais; uma paixão em comum entre os irmãos. Foto: Jomar Bragança

E é na diferença entre os irmãos que a profissional consegue trazer originalidade ao quarto compartilhado. “Sempre converso com os ocupantes sobre cores de preferência, estilos e interesses. A partir daí, uso essas diferenças para compor os detalhes, como adornos, adesivos, papéis de parede, colchas e almofadas”, detalha Fernanda.

Para manter a organização, a aposta é em coisas simples, mas funcionais. “Para facilitar, lanço mão de gavetões, caixas, cestos, nichos e estantes”, conta a arquiteta. E para que o quarto não se torne ultrapassado à medida que os irmãos forem crescendo, a dica é: “optar por móveis versáteis e marcenaria básica e neutra”, salienta.

Ao projetar o quarto de irmãos gêmeos adolescentes, ela apostou em algo em comum: a paixão pelos esportes radicais materializada em um lindo papel de parede. Já em um quarto dividido por irmãos de idades diferentes, ela fez escolhas que respeitavam a vontade de cada um e outras que eram compartilhadas entre eles. “No final, ambos amaram o resultado”, comemora a arquiteta.

A uniformidade do projeto é trazida pelo mobiliário em tons de cinza. Já os adornos representam cada um dos irmãos e, apesar de diferentes, mantém a harmonia da composição. Foto: Jomar Bragança