Temas da atualidade norteiam apresentações da São Paulo Companhia de Dança no Teatro Alfa

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Espetáculos nos dias 16 e 17 de outubro terão Anthem, de Goyo Montero, Respiro, de Cassi Abranches, e estreia de Umbó, de Leilane Teles

São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, abre a Temporada de Dança 2021 do Teatro Alfa, nos dias 16 e 17 de outubro, com um programa que mescla diferentes linguagens coreográficas e destaca a força da dança contemporânea feita hoje no Brasil a partir da estreia de Umbó, de Leilane Teles, e das apresentações de Respiro, de Cassi Abranches, e de Anthem (2019), de Goyo Montero. Os ingressos custam entre R$ 50 (balcão) e R$ 100 (plateia) e estão à venda em sympla.com.br.

Os espetáculos seguem os protocolos governamentais de enfrentamento à Covid-19, como aferição de temperatura no acesso ao teatro, uso obrigatório de máscaras pelos espectadores durante todo o evento e ocupação de plateia limitada a 70% da capacidade total de forma a garantir o distanciamento entre o público. O local conta com o selo Safeguard emitido pelo Grupo Bureau Veritas, líder mundial em Teste, Inspeção e Certificação (TIC), e está em acordo com os protocolos de limpeza e higiene contra a propagação ao novo coronavírus.

De acordo com o Decreto 60.488 da Prefeitura de São Paulo, cada espectador também deve apresentar seu comprovante de vacinação original contra a Covid-19 (ao menos com a primeira dose) ou comprovante digital, disponível nas plataformas e-SaúdeSP, PoupaTempo ou ConectSUS. Menores de 12 anos não precisam portar o certificado. Quem se recusar a mostrar os documentos não poderá entrar na sala.

Reflexos do presente

Idealizado por Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança, o programa a ser apresentado no Teatro Alfa reflete sobre temas muito presentes no mundo contemporâneo, como representatividade, busca pela identidade, desafios da coletividade e o desejo de conexão uns com os outros.

Nos dias 16 e 17 de outubro, o público vai ter a chance de conferir a estreia de Umbó, primeira criação original da coreógrafa baiana Leilane Teles para a São Paulo Companhia de Dança. Umbó busca refletir sobre como a arte do outro reverbera em cada um, evidenciando o papel da inspiração no processo de criação. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida da obra, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e os artistas envolvidos na concepção, como Teresa Abreu, que assina os figurinos, e Gabriele Souza, responsável pela iluminação.

“Venho pesquisando para Umbó desde o ano passado e essa obra já tem um lugar muito especial no meu peito. Eu escolhi falar de algo que se conecta bastante com a minha história e, para isso, me inspirei em grandes artistas soteropolitanos que, assim como eu, cresceram no mesmo lugar, cada um em sua geração, mas com vivências semelhantes. Chegar na sala de ensaio da SPCD e ver tudo o que idealizei se materializando nos corpos dos talentosos bailarinos da Companhia é maravilhoso”, afirma Leilane.

As outras obras que completam o programa no Teatro Alfa serão apresentadas pela primeira vez desde suas estreias: Anthemdo coreógrafo espanhol Goyo Montero, e Respiro, da paulistana Cassi Abranches.

Anthem conduz o público por uma reflexão sobre o processo de construção e desconstrução de identidades coletivas a partir de uma trilha original do canadense Owen Belton inspirada na composição de hinos nacionais. Segundo o coreógrafo “há ciclos que se repetem e cometemos sempre o mesmo erro, de pensar que estamos separados, que somos diferentes, quando, na realidade, todo ser humano é um e, no momento em que perdemos essa unidade, os problemas começam. Este é um traço da história humana”.

Já Respiro sugere um momento de suspensão de uma realidade, por vezes, asfixiante. Embalada pela trilha sonora original criada por Beto Villares com participação de Siba, a coreógrafa conduz o público por uma montanha-russa de vibrações positivas em meio à iluminação criada por Gabriel Pederneiras e figurinos desenvolvidos por Verônica Julian. “Esta obra é como um intervalo do tsunami de notícias ruins que nos atingiu nos últimos tempos… e ela vem oferecer boas sensações e tocar as pessoas nesse sentido”, afirma a coreógrafa.

“É uma enorme alegria voltar a encontrar o público que acompanha a Temporada de Dança do Teatro Alfa, ainda mais com um programa tão atual e que reflete no corpo inquietações do momento presente. É também uma satisfação poder estrear neste palco Umbó, uma obra emocionante e que fala sobre como a arte nos toca e nos modifica. Dancei com Matias Santiago no Grupo Corpo e fico contente de poder homenageá-lo por meio desta criação”, afirma a diretora artística e executiva da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa.

Serviço

São Paulo Companhia de Dança no Teatro Alfa

Umbó, de Leilane Teles (Estreia); Respiro, de Cassi Abranches; e Anthem, de Goyo Montero

Datas: 16 e 17 de outubro de 2021

Horários: Sábado, às 20h | Domingo, às 18h

Endereço: R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro – São Paulo/SP

Ingressos: R$ 50 (balcão) e R$100 (plateia)

Vendas: Em sympla.com.br ou pelo telefone (11) 5693-4000

Capacidade física: 780 lugares

Duração: 1h10 com pausa técnica

Ficha técnica das obras:

Umbó (estreia – 2021)

Coreografia: Leilane Teles

MúsicasNzambi Kakala Ye BikamazuMuloloki e Para a Poetisa Íntima, de Tiganá Santana, e Mama Kalunga, de Tiganá Santana na voz de Virgínia Rodrigues

Figurino: Teresa Abreu

Assistência de Figurino: Priscilla Bastos

Iluminação: Gabriele Souza

Para conceber Umbó, Leilane Teles se baseia em uma premissa batizada por ela como “a criação do desejo”, que fala sobre o desejo de se tornar quem se quer ser a partir de determinada referência e como isso reverbera no corpo de cada um. Nesse sentido, o ato de ser inspirado também produz inspiração, gerando um ciclo infinito. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida de Umbó, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e todos os artistas envolvidos na concepção da obra.

Respiro (2020)

Coreografia: Cassi Abranches

Trilha Sonora: Beto Villares, com participação de Siba, Érico Theobaldo, Fil Pinheiro, Mauricio Badé e Julia Valiengo

Iluminação: Gabriel Pederneiras

Figurino: Verônica Julian

Assistência de Coreografia: Filipe Bruschi

Respiro evoca uma pausa, uma folga ou simplesmente o ato de respirar. Nesta obra, a coreógrafa se inspira nas sensações de perdas e ganhos percebidas pelos bailarinos durante a pandemia e incorpora elementos que partem da plenitude da meditação e explodem em um ápice de bem-estar para suspender o presente de uma realidade, por vezes, asfixiante.

Anthem (2019)

Coreografia: Goyo Montero

Música: Owen Belton

Iluminação: Goyo Montero e Nicolas Fischtel

Figurino: Goyo Montero e Fábio Namatame

Organização:Carlos Iturrioz Mediart Producciones SL (Espanha)

Anthem é a primeira criação do espanhol Goyo Montero para uma companhia brasileira. A obra traz uma reflexão sobre o processo de construção e desconstrução de identidades coletivas. Segundo o coreógrafo: “Há ciclos que se repetem e cometemos sempre os mesmos erros, de pensar que estamos separados, que somos diferentes quando, na realidade, todo ser humano é um e, no momento em que perdemos essa unidade, os problemas começam. Este é um traço da história humana”.

A trilha é do canadense Owen Belton, com quem Goyo já criou mais de nove obras. A inspiração da música vem de canções que se tornam hinos – sejam de nações, pessoas com preferências parecidas ou indivíduos de uma mesma geração. Por isso, o nome escolhido para a obra: Anthem, hino em inglês. Para Montero, “A voz humana se converte em uma canção e esta canção se converte em algo com a qual nos identificamos”.

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA

Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa

Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 764 mil pessoas em 17 diferentes países, passando por cerca de 145 cidades em mais de 1.000 apresentações e acumulando mais de 30 prêmios nacionais e internacionais. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.

INÊS BOGÉA – Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora nos cursos de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e Pós-Graduação em Linguagem e Poética da Dança: Documentário, Memória e Dança da Universidade Regional de Blumenau (FURB) em parceria com a Fundação Fritz Muller (FFM). É autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007 e integrou o júri técnico/crítico do quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão/TV Globo de 2016 a 2021. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.

TEATRO ALFA

Desde sua inauguração em 1998, o Teatro Alfa realizou mais de 8.000 apresentações para um público de 3,6 milhões de pessoas, conquistando espaço relevante na cena cultural da cidade de São Paulo. Administrado pelo Instituto Alfa de Cultura, o Teatro Alfa é um teatro privado que mantem temporadas regulares nas áreas de dança e teatro infantil, apresentando também espetáculos musicais de grande porte, música erudita e popular e teatro adulto.

O Teatro Alfa foi idealizado para múltiplo uso e equipado com excelente mecânica cênica, iluminação e sonorização. A sua manutenção exemplar o mantém em perfeito estado de conservação e investimentos são feitos para constante atualização técnica. Com duas salas, os espaços são versáteis e acomodam todo tipo de espetáculo.

O Teatro Alfa acolhe com total adequação espetáculos de dança, óperas, orquestras, música popular, teatro e musicais, além de dispor de ótima infraestrutura para realização de congressos e seminários. Segundo a avaliação de artistas produtores, companhias e do público, o Teatro Alfa supera as expectativas por ser conduzido por uma equipe altamente qualificada, apta a receber produções sofisticadas e de grande exigência técnica. Na Sala A, com capacidade para 1110 lugares, a plateia foi projetada para envolver o palco, permitindo sua melhor exploração. De qualquer uma de suas poltronas, o público tem total conforto e uma visão privilegiada dos espetáculos.

crédito foto: Marcelo Machado