Especialistas da Starbem explicam como líderes e RH podem agir preventivamente e criar um ambiente seguro para colaboradores.
Setembro Amarelo, mês da prevenção ao suicídio, coloca em evidência um debate que precisa ir além das campanhas: a saúde mental no ambiente de trabalho. Dados alarmantes mostram que a pauta é urgente. Globalmente, um bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental, sendo a ansiedade e a depressão os mais comuns.
As condições de saúde mental são responsáveis por um em cada seis anos vividos com deficiência no mundo. E a perspectiva não é animadora: 50% da população global provavelmente desenvolverá pelo menos um transtorno mental até os 75 anos.
No Brasil, a situação é particularmente crítica. O país tem a maior taxa de transtornos de ansiedade do mundo, afetando 9,3% da população, cerca de 18,6 milhões de pessoas. A prevalência de depressão também é alta, atingindo 5,8% dos brasileiros, ou seja, aproximadamente 11,5 milhões de indivíduos.
A saúde mental é considerada o principal problema de bem-estar para 52% dos brasileiros, e o reflexo disso no mercado de trabalho é evidente. Em 2024, o Brasil registrou 472.328 afastamentos por transtornos mentais, um aumento de 68% em relação ao ano anterior.
Diante desse cenário, empresas e líderes têm um papel crucial. Identificar sinais de risco entre os funcionários pode salvar vidas e requer atenção e estratégias claras por parte de gestores e equipes de Recursos Humanos (RH)
Sinais de alerta e a importância da observação
Segundo a Dra. Ticiana Paiva, psicóloga e head de saúde mental na Starbem, existem sinais comportamentais que podem indicar que um funcionário está passando por um momento crítico. Alguns desses sinais são:
- Isolamento social ou afastamento;
- Mudanças bruscas de humor;
- Queda na produtividade ou no desempenho;
- Desinteresse por atividades que antes eram prazerosas.
A Dra. Ticiana enfatiza a importância de que os líderes estejam atentos e tenham a coragem de iniciar diálogos acolhedores. Intervenções precoces e um ambiente de confiança no trabalho podem reduzir significativamente o risco de crises graves.
O papel estratégico do RH e o fortalecimento da cultura de cuidado
Para o RH, o desafio é ainda maior. De acordo com Daniella Camargo, head de RH e cultura organizacional da Starbem, o setor deve atuar como um canal seguro, oferecendo escuta ativa e apoio concreto aos colaboradores.
Especialistas da Starbem recomendam uma série de estratégias para criar um ambiente de trabalho seguro e acolhedor:
- Diálogo aberto e acolhedor: criar momentos para conversar sem julgamentos, fazendo com que o colaborador se sinta seguro para se abrir.
- Políticas internas de acolhimento: implementar programas de saúde mental, canais de escuta e apoio psicológico que sejam acessíveis a todos.
- Treinamento de líderes e colegas: capacitar as equipes para que saibam identificar os sinais de risco e agir de forma apropriada.
Daniella complementa que quando a empresa age de forma transparente e proativa, ela demonstra que se importa com a vida de cada colaborador. Isso não se trata apenas de seguir protocolos, mas de construir uma cultura corporativa que realmente valoriza a saúde mental, beneficiando tanto o funcionário quanto a organização.
O Setembro Amarelo, portanto, se torna a oportunidade ideal para as empresas reforçarem suas políticas de saúde mental, garantindo que os colaboradores tenham o suporte necessário e que os líderes saibam agir de forma responsável.
O cuidado com o bem-estar dos funcionários não é apenas uma obrigação moral, mas uma estratégia que fortalece a cultura e a produtividade da organização.
Sobre a Starbem
Fundada em 2020, a Starbem é hoje considerada o principal benefício de saúde mental e bem-estar corporativo do país. Atendendo mais de 5 mil empresas, com soluções digitais que integram psicologia, nutrição e mais 16 especialidades médicas. A healthtech combina ciência, tecnologia e humanização para enfrentar desafios como estresse, ansiedade e burnout no ambiente de trabalho.


