Especialista reforça a relevância da preservação de edifícios históricos e do papel da arquitetura na construção da identidade de um povo
A arquitetura é uma das expressões mais visíveis do patrimônio cultural de um povo. Mais do que elementos estéticos ou funcionais, os edifícios históricos carregam registros vivos de como viviam nossos antepassados, quais técnicas usavam, quais eram suas crenças e tradições e modos de organizar a sociedade. Preservar construções históricas é, portanto, uma forma de manter viva a identidade coletiva e fortalecer o vínculo entre a população e o espaço urbano.
Segundo Franco de Abreu Biella, professor do curso de Arquitetura da Una Jataí, a arquitetura é uma das formas mais concretas de expressão cultural de um povo. “Ela reflete os modos de vida de determinada época, traduz saberes locais, crenças, prioridades e técnicas construtivas. A essência de um lugar está nas suas construções históricas”, destaca.
As chamadas “camadas” da história podem ser vistas em detalhes como materiais usados, tipos de acabamento, adaptações ao clima, soluções urbanas e simbologias religiosas ou artísticas. “A arquitetura é uma forma visível de memória coletiva. Cada construção antiga guarda vestígios que ajudam a entender quem viveu ali e como a cidade se desenvolveu. Quando demolimos ou descaracterizamos um prédio antigo, estamos apagando parte da alma da cidade”, afirma Biella.
A descaracterização ou abandono desses patrimônios pode gerar sérias perdas culturais. “Quando se destrói um edifício histórico ou se altera completamente sua essência, perde-se parte da identidade da cidade, além de potenciais turísticos e educacionais. A cidade vira apenas um espaço funcional, sem alma”, alerta.
O professor destaca ainda o papel dos arquitetos como guardiões do patrimônio. “Cabe a nós estudar, documentar, propor políticas públicas e atuar com responsabilidade em projetos de revitalização. Modernizar não é apagar o passado, mas dialogar com ele, sem perder sua essência.”
Boas práticas na revitalização incluem o uso de materiais compatíveis, respeito à tipologia original e compreensão do valor histórico do imóvel.
O envolvimento da população também é essencial: “A educação patrimonial deve começar nas escolas, com visitas guiadas, oficinas e campanhas que aproximem a comunidade desses espaços e os tornem parte do processo de preservação”, defende Biella.
Em Jataí, construções como a Catedral do Divino Espírito Santo, o Antigo Fórum e os casarões do centro histórico são exemplos vivos de como a arquitetura conta a trajetória da cidade. “Mesmo as construções mais recentes, quando bem projetadas, podem refletir sustentabilidade e inovação sem abandonar a referência histórica”, completa o professor, mencionando iniciativas locais voltadas à mobilidade urbana, acessibilidade e uso de energia solar.
A preservação do patrimônio arquitetônico é, portanto, mais do que um resgate visual: é uma ponte entre o passado e o futuro, entre a história e o desenvolvimento sustentável das cidades.
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